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Com sucesso de Stranger Things e Arremessando Alto, a Netflix registrou uma queda de 'apenas' 1 milhão de clientes entre abril e junho deste ano
Depois de um primeiro trimestre do terror, no qual perdeu assinantes pela primeira vez em dez anos e viu suas ações derreterem, a Netflix seguiu a máxima do “reduza as expectativas para diminuir a decepção” com o período de abril a junho. O streaming previu que registraria uma queda de mais 2 milhões de clientes (dez vezes mais que os 200 mil que cortaram seus contratos no início do ano) e se deu bem: “apenas” 1 milhão de assinantes cancelaram o serviço.
Segundo dados divulgados nesta terça-feira (19) para os acionistas da empresa, a Netflix fechou junho com 220,67 milhões de clientes ativos, uma queda de 970 mil em relação ao trimestre anterior, mas um aumento de 5,5% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Com a receita da plataforma em alta (por causa do aumento dos preços cobrados), os acionistas da Netflix não têm do que reclamar. E a empresa já prevê que deve voltar a crescer em número de assinantes já no próximo semestre: a expectativa é de fechar setembro com 221,67 milhões de contratos, índice um pouco superior ao registrado até março deste ano.
Os lucros ainda devem aumentar no início de 2023, quando o serviço pretende implantar um novo plano, mais barato, mas com interrupções publicitárias. A Netflix fez uma parceria com a Microsoft para a venda de anúncios. “Eles estão investindo pesado para expandir seu negócio publicitário para a televisão premium, e estamos empolgados em trabalhar com um parceiro de presença global tão forte”, informou a empresa no comunicado aos acionistas.
Ainda não foi revelado se o Brasil será um dos primeiros países a receber esse novo plano com anúncios. Segundo o comunicado, eles devem implantar o sistema inicialmente em alguns países onde o gasto com publicidade é significativo. “Nossa ideia é introduzi-lo, ouvir a resposta dos assinantes, aprender com eles, e nos movermos rapidamente para melhorar a oferta. Daqui a alguns anos, nossa publicidade será bem diferente daquela do primeiro dia.”
Luciano Guaraldo
Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.
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