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Fontes apontam que o duque de Sussex não poupou o irmão e a cunhada ao expor a família real britânica em seu novo livro
Na próxima terça-feira (10), o príncipe Harry vai enfrentar a família real britânica mais uma vez, agora com o lançamento de seu aguardado livro de memórias, Príncipe Harry – O que Sobra. Nos Estados Unidos, a obra é publicada pela editora Penguin Random House, que a descreve como um relato contado com “honestidade crua e inabalável” e cheio de “insight, revelação, autoanálise e sabedoria duramente conquistada sobre o poder eterno de amor sobre a dor”.
Poucas cópias foram distribuídas à imprensa com antecedência, então fica difícil explicar exatamente como isso se traduz em histórias, mas há um homem que sabe mais do que a maioria –o escritor fantasma do príncipe Harry, o ex-jornalista JR Moeringer. Ele é um romancista norte-americano que também escreveu a premiada biografia de Andre Agassi, Open – A Minha História.
Para o site Sky News, outro escritor fantasma, Andrew Crofts –responsável por mais de 80 obras, incluindo best-sellers sobre celebridades–, contou que selecionar uma pessoa de fora da Inglaterra foi um movimento inteligente de Harry. “É uma ótima ideia ter um escritor norte-americano por trás desse livro, porque ele tem menos conhecimento prévio.”
Com isso em mente, era improvável que Moeringer tentasse, por exemplo, forçar o duque de Sussex a falar sobre a relação com o pai, o agora rei Charles 3º. Todas as informações e revelações compartilhadas na obra devem partir 100% dos relatos que o próprio Harry deseja que o mundo saiba.
No comunicado divulgado pela agência de notícias Associated Press, que revelou a data de lançamento do livro, a editora lembrou a morte da princesa Diana (1961-1997), quando Harry e William caminharam atrás do caixão de sua mãe “enquanto o mundo assistia a tudo com tristeza e horror.”
“Enquanto Diana, princesa de Gales, era sepultada, bilhões se perguntavam o que os príncipes deveriam estar pensando e sentindo –e como suas vidas se desenrolariam a partir daquele momento”, ressaltou a Penguim no comunicado. “Para Harry, esta é a história dele finalmente.”
Segundo fontes do jornal britânico Daily Mail, Harry decidiu “suavizar” algumas partes do livro –e de seu documentário na Netflix– com o objetivo de proteger sua família e não expor o rei Charles 3º após a morte da rainha Elizabeth 2ª (1926-2022). Assim, é provável que o duque deixe de responder a algumas das maiores bombas envolvendo a família real.
Antes do lançamento, o duque de Sussex promoverá o livro em uma série de entrevistas na TV durante as quais os observadores reais esperam que ele fale sobre seu relacionamento com a família, sobre como lidou com a morte de princesa Diana e sobre sua vida com Meghan Markle nos Estados Unidos.
No entanto, um comentarista real afirmou que há uma revelação em particular que não será incluída no livro do príncipe Harry. Kinsey Schofield, fundador e criador do site ToDiForDaily, disse que é improvável que o príncipe revele quem é o “nobre racista” a quem se referiu em sua primeira entrevista franca, ao lado de Meghan, dada a Oprah Winfrey.
Em 2021, o duque e a duquesa de Sussex se sentaram com a apresentadora norte-americana para falar sobre o momento turbulento que estavam vivendo desde o momento de seu casamento até quando decidiram renunciar à família real britânica. Durante a conversa, o casal chegou a mencionar um membro misterioso da realeza que questionou Harry sobre qual seria a cor da pele de seus filhos com Meghan Markle. Existem uma série de teorias na internet sobre quem teria feito o questionamento, mas parece que o mistério vai seguir em aberto.
Príncipe Harry e Meghan Markle pouparam rei Charles III em documentário da Netflix
Reprodução/Netflix
De acordo com uma fonte do The Sunday Times, o irmão de Harry, príncipe William, e a cunhada, Kate Middleton, serão os mais expostos. A relação entre eles vinha estremecida desde o lançamento da série do duque e da duquesa de Sussex na Netflix.
Já o rei Charles 3º, pai de Harry, será poupado. “Em linhas gerais, acho que o livro [será] pior para a família real do que eles imaginam. Está tudo exposto. Charles se sai melhor do que eu esperava, mas é difícil para William, em particular, e até Kate é alvo de ataques”, comentou a fonte.
Embora a família real queira colocar um limite no drama, como o príncipe Harry teria recebido cerca de £ 30 milhões (R$ 165 milhões) por um contrato de quatro livros, é impossível para o Palácio de Buckingham controlar o que ele dirá a seguir.
No recente documentário sobre Harry e Meghan na Netflix, o duque de Sussex falou francamente sobre o rompimento de seu relacionamento com o irmão William e culpou a mídia pelo aborto espontâneo sofrido pela mulher. Apenas algumas semanas depois disso, a especialista real Jennie Bond disse que é difícil imaginar que ele ainda tenha muito a compartilhar.
A emissora britânica ITV divulgou um trecho de uma entrevista que deve ser transmitida no domingo (8), na qual, além de divulgar o novo livro, Harry conta que gostaria de fazer as pazes com seu pai e seu irmão. “Eles não mostraram absolutamente nenhuma vontade de se reconciliar”, disse o duque. “Eu gostaria de ter meu pai de volta. Eu gostaria de ter meu irmão de volta.”
E o duque de Sussex não pretende ficar com todos os lucros para si. Ele está doando £ 1,2 milhão (R$ 6,9 milhões) do valor recebido para sua instituição de caridade Sentebale –que apoia crianças e jovens vulneráveis no Lesoto e na Botsuana afetados pelo HIV– e mais £ 300 mil (R$ 1 milhão) para a WellChild, da qual ele foi patrono real durante 15 anos.
Príncipe Harry – O que Sobra chega às bancas na próxima terça-feira (10) e já está em pré-venda pela editora Companhia das Letras no Brasil.
Beatriz Duranzi
Estudante de jornalismo na Anhembi Morumbi, Beatriz é estagiária na Tangerina. Apaixonada pelo mundo do entretenimento, ela é especialista em cuidar da vida alheia nas redes sociais.
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