Divulgação/Apple TV+
Criador de A Máquina do Destino, David West Read falou sobre bastidores e suas expectativas para a série à Tangerina
Nesta quarta-feira (29), o Apple TV+ estreia a série A Máquina do Destino. Mistura de ficção científica, com filosofia e humor, a atração segue a história de Dusty (Chris O’Dowd), um professor de História conformado que sofre reviravoltas após a chegada em sua cidade interiorana de uma máquina que promete definir qual é o seu propósito de vida.
Criada por David West Read com base no livro de M. O. Walsh, a atração não pretende trazer respostas, mas gerar ainda mais dúvida no público. “Eu adorei fazer uma série que faz as pessoas pensarem sobre suas próprias vidas e não dá respostas nem finge ter respostas”, anuncia em entrevista exclusiva à Tangerina.
“Os temas parecem universais para mim. O que poderia ser mais universal do que a felicidade e como você consegue isso? Para mim, a série é sobre o caminho em que você está e o caminho que você imagina, porque todo mundo tem aquele momento em que poderia ter escolhido uma porta diferente. Uma mudança ou decisão e você estará para sempre pensando, não importa o quão satisfeito ou feliz você pense que é.”
A esperança é que a universalidade dos temas chame a atenção de uma audiência global e gere identificação pelo mundo todo. “Sempre há pensamentos na cabeça sobre onde eu teria acabado se tivesse feito algo diferente, e eu espero que este programa ajude as pessoas não apenas a pensarem sobre o que elas podem querer fazer que ainda não fizeram, mas também apreciarem as escolhas que fizeram”, acrescenta.
Com elenco formado por Chris O’Dowd, Gabrielle Dennis, Josh Segarra, Ally Maki e Damon Gupton, a série transita pelo drama e pelo humor com maestria. Para David West Read, grande parte disso se deve aos atores.
“Parece mais representativo do nosso mundo que a alegria e a tristeza existam o tempo todo, e o segredo foi encontrar um elenco que pudesse navegar nessas mudanças tonais. Você conhece pessoas que são muito engraçadas, mas realmente bons e autênticos atores podem, nas representações desses personagens, fazer você rir e chorar em um instante. Eu realmente dou crédito ao elenco por me ajudar com isso”, declara o showrunner.
“Esse balanço entre drama e comédia está na escrita, mas também no elenco, quando você os encoraja a interpretar a versão mais verdadeira do momento. Este não é um programa que tem muitas piadas ou diálogos excessivamente escritos. Se é engraçado, e espero que seja, é porque você reconhece algo de si mesmo naquele personagem. Esse é o meu tipo favorito de comédia.”
Read explica que o processo de encontrar o elenco precisou ser certeiro, já que a série foi rodada em meio à pandemia de Covid-19, o que atrapalhou que os atores no processo de criar conexões mais profundas antes das gravações.
“Foi difícil porque acabou sendo por Zoom por conta dos tempos que estávamos vivendo enquanto fazíamos a série. Eu me sinto tão sortudo, porque você nunca sabe como um elenco vai se encaixar quando reúne pessoas tão diferentes, que vêm de origens diferentes. O que eles têm em comum é que são conduzidos com gentileza, têm um bom senso de humor e estão dispostos a entrar no desconhecido de uma série juntos”, ressalta.
Com bastidores leves e uma história de emocionar, David West Read acredita que A Máquina do Destino ainda pode ir longe, e ele mesmo tirou lições valiosas ao produzir a atração. “A melhor parte do meu trabalho é sentir que meu potencial ainda está crescendo, e o que eu levo dessa série são aqueles dias em que as pessoas estão rindo juntas, que são os melhores”, confessa. “Às vezes há essa ideia de que um dia terei uma validação de audiência ou vou ganhar um prêmio, mas o que tenho aprendido é que o verdadeiro prêmio é o processo de fazer algo, que é sempre melhor quando você está fazendo com seus amigos.”
A Máquina do Destino estreia nesta quarta-feira (29), exclusivamente no Apple TV+. Os três primeiros episódios já estão disponíveis, enquanto os demais serão acrescentados ao catálogo um por vez, também às quartas.
Giulianna Muneratto
Jornalista pela Faculdade Cásper Líbero. Adora um filme clichê, música pop e sonhava em ser cantora de cruzeiro, mas não tem talento pra isso.
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