(Foto: Divulgação/Disney+)
Abracadabra 2 diverte, entrega momentos divertidos e dá ao público mais uma chance de ver o trio clássico em cena
Em 30 de setembro de 2022, a Disney trouxe de volta um dos filmes mais queridos dos anos 1990: Abracadabra. Só que a tão esperada continuação não ganhou o tratamento que merecia. Em vez de estrear nos cinemas, como manda o manual de uma sequência aguardada por décadas, Abracadabra 2 foi lançado direto no Disney+.
O retorno das irmãs Sanderson reuniu novamente Bette Midler, Sarah Jessica Parker e Kathy Najimy. O trio de bruxas de Salem, que marcou uma geração inteira, voltou pronto para encantar — e assustar — o público. Ainda assim, o lançamento digital fez o filme passar quase despercebido no radar da cultura pop.
Nos anos 1990, Abracadabra demorou para conquistar espaço, mas acabou se tornando um clássico cult. O longa virou tradição de Halloween e acumulou uma legião de fãs que esperavam ansiosos pela continuação. Quando o estúdio confirmou o projeto em 2020, parecia que a nostalgia viraria um verdadeiro acontecimento nos cinemas.
O problema é que a estreia no streaming tirou justamente esse peso de evento. Não houve a experiência coletiva de ir ao cinema, sentir a reação do público e transformar o retorno das bruxas em um marco cultural. Em meio a maratonas solitárias e tantos outros lançamentos digitais, a magia se perdeu.
É verdade que a audiência no Disne foi boa, mas os números não se traduziram em impacto cultural. Abracadabra 2 se tornou só mais uma estreia, sem aquele efeito dominó que poderia ter acontecido com sessões lotadas e campanhas de fãs no cinema.
Ainda assim, rever as Irmãs Sanderson em ação trouxe uma dose generosa de nostalgia. O filme diverte, entrega momentos divertidos e dá ao público mais uma chance de ver o trio clássico em cena. Mas fica a sensação de que essa reunião merecia muito mais brilho.
Três anos depois, a continuação parece um feitiço mal lançado: funcionou em partes, mas não atingiu todo o seu potencial. Afinal, se tem uma lição que Abracadabra deixou, é que não se brinca com a magia.
Victor Cierro
Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.
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