(Foto: Divulgação/Disney)
Fogo e Cinzas constrói sua sucessão com calma, apostando no envolvimento emocional dos personagens mais novos com o público
Avatar: Fogo e Cinzas não é apenas mais um capítulo da saga de James Cameron. O filme funciona como um ponto de virada silencioso, preparando o terreno para uma mudança profunda no centro da franquia. Com continuações confirmadas até 2031, o longa deixa pistas claras de que a história de Pandora não dependerá para sempre de Jake Sully (Sam Worthington) e Neytiri (Zoe Saldaña).
Embora o casal siga relevante, o terceiro filme dedica tempo precioso a uma nova geração. Cameron investe no desenvolvimento de Spider (Jack Champion), Kiri (Sigourney Weaver) e Lo’ak (Britain Dalton), criando uma conexão emocional que vai além do carisma herdado dos protagonistas originais. Essa escolha não é casual e aponta para uma sucessão planejada com antecedência.
Entre esses personagens, Kiri se destaca como a figura mais enigmática da franquia. A revelação de que ela não tem pai biológico e nasceu a partir do avatar Na’vi da doutora Grace Augustine (Sigourney Weaver) redefine seu papel dentro do universo. Ela não é apenas mais uma Sully, mas algo diferente, quase um elo vivo entre Pandora e Ewya.
Essa singularidade se manifesta em seus poderes. Kiri não apenas sente o planeta, como conversa diretamente com Ewya, algo inédito na saga. O filme sugere que suas habilidades ainda estão longe de atingir o limite, abrindo espaço para conflitos e descobertas nos próximos capítulos.
Sigourney Weaver em Avatar: Fogo e Cinzas
(Foto: Divulgação/Disney)
Spider também ganha uma camada inesperada de complexidade. O ritual realizado por Kiri para salvá-lo da asfixia sem a máscara funde o garoto à flora de Pandora, permitindo que ele respire o ar do planeta e desenvolva uma cauda. A transformação cria uma relação híbrida entre humano e Na’vi mais profunda do que a vivida por Jake no início da franquia.
Essa nova dinâmica torna Spider um personagem ainda mais interessante para o futuro da saga. Dividido entre dois mundos, ele representa uma ponte narrativa poderosa para histórias que exploram identidade, pertencimento e evolução biológica em Pandora.
Spider (Jack Champion) em Pandora
(Foto: Divulgação/Disney)
Em vez de anunciar explicitamente um novo protagonista, a trama prefere mostrar. Fogo e Cinzas constrói sua sucessão com calma, apostando no envolvimento emocional do público. Ao final, fica claro que o coração da franquia pode bater em novos corpos, garantindo longevidade e relevância para os filmes que ainda estão por vir. E, apesar de não terem sido anunciados oficialmente, Avatar 4 e Avatar 5 estão programados para chegar aos cinemas em 2029 e 2031, respectivamente.
Assista abaixo ao trailer de Avatar: Fogo e Cinzas:
Victor Cierro
Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.
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