Divulgação/Walt Disney Pictures
O novo live-action da Disney tinha a chance de mostrar um novo lado da princesa, mas o estúdio não aproveitou essa possibilidade
Branca de Neve estreia nos cinemas nesta quinta-feira (20). O novo filme da Disney segue a fórmula do estúdio para adaptações e traz o clássico da animação para o formato live-action. No entanto, a gigante de Hollywood teve a chance de desenvolver a história tradicional da princesa, mas acabou se limitando.
Na trama, Branca de Neve (Rachel Zegler) teve uma infância repleta de ensinamentos e respeito. Mas, após a morte de sua mãe, a vida da jovem muda para sempre com a chegada da Rainha Má (Gal Gadot). A vilã encanta o pai da protagonista, casa-se com ele e, em seguida, arma uma emboscada fatal para o rei.
Assim, Branca de Neve fica esquecida no castelo, reduzida à condição de empregada pela nova rainha. No entanto, ao testemunhar a pobreza em sua comunidade, a jovem decide intervir e se rebelar contra a antagonista.
O live-action da Disney já começou com uma grande desvantagem, devido às polêmicas nos bastidores da produção. A própria Rachel Zegler criticou sua personagem na obra original. Na visão da atriz, a história é antiquada e incompatível com os padrões modernos, pois o príncipe “literalmente persegue” Branca de Neve.
Outro ponto de controvérsia envolveu os Sete Anões. O estúdio optou por não escalar atores com nanismo para os papéis, apesar de ter consultado representantes da comunidade. As polêmicas, no entanto, não pararam por aí.
Gal Gadot, de origem israelense, nunca escondeu sua posição política sobre o conflito no Oriente Médio. Durante uma homenagem da Liga Antidifamação em Nova York, a atriz declarou: “Nunca imaginei que, nas ruas dos Estados Unidos e em diferentes cidades ao redor do mundo, veríamos pessoas não condenando o Hamas, mas celebrando, justificando e torcendo por um massacre de judeus.”
Diante da repercussão negativa, a Disney parece ter reduzido o tempo de tela da intérprete da Rainha Má. Após o primeiro ato de Branca de Neve, o estúdio direciona todos os holofotes para a personagem de Rachel Zegler, que assume a condução da trama e se torna o principal rosto do longa.
O filme não aproveita o formato live-action para expandir a história nem para aprofundar o mundo mágico da Disney. Branca de Neve tinha potencial para inovar, mas acabou sendo ofuscado pelas polêmicas em torno de sua produção. O público teve a chance de ver um novo lado da princesa, mas o estúdio não soube explorar essa oportunidade.
Assista abaixo ao trailer de Branca de Neve:
Trailer de Branca de Neve
Rachel Zegler em uma das principais estreias de março nos cinemas
Victor Cierro
Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É o foca da equipe e cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.
Ver mais conteúdos de Victor CierroTangerina é um lugar aberto para troca de ideias. Por isso, pra gente é super importante que os comentários sejam respeitosos. Comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, com palavrões, que incitam a violência, discurso de ódio ou contenham links vão ser deletados.
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