Casamento às Cegas Brasil: Vergonha alheia é o supertrunfo de reality

Nesta quarta-feira (28), estreia na Netflix mais uma temporada do reality show que é o mais puro suco da vergonha alheia, Casamento às Cegas Brasil. Novamente, homens e mulheres solteiros são colocados em cabines para se apaixonarem apenas pela ideia que criam de alguém e pulam etapas do relacionamento para mergulharem direto no casamento. 

A premissa, que aniquila a atração física, continua a mesma da primeira temporada, baseada em uma questão: é possível se apaixonar por alguém sem ter visto essa pessoa? Neste reality, a resposta é sempre sim. Os dois primeiros episódios disponibilizados na plataforma exibem encontros emocionados, pedidos de casamento acelerados e uma boa pitada de declarações que beiram a humilhação por alguém que os candidatos sequer viram antes.

Esse, na realidade, é o verdadeiro supertrunfo de Casamento às Cegas. Assistir a pessoas se humilhando na busca pelo amor e se jogando de cabeça em um relacionamento com uma pessoa que elas mal conhecem é garantia de entretenimento puro, daqueles que permitem o desligamento momentâneo do cérebro por algumas horas.

Enquanto o reality conquista os românticos incuráveis que acreditam em amor (ou paixão?) à primeira vista (este caso, à primeira conversa), a atração também entretém aqueles que discordam absurdamente da premissa e ficam completamente desacreditados de que há pessoas no mundo que realmente se submeteriam a esse tipo de exposição. Por isso, a diversão é certa para todos os públicos.

Uma crítica ferrenha feita à Netflix na primeira temporada foi a de que faltava diversidade de corpos entre os participantes. Dessa vez, isso foi mudado, com destaque a protagonistas negros e corpos gordos, ainda que a grande maioria dos participantes continue seguindo o mesmo padrão do primeiro ano.

Os primeiros episódios são marcados por “golpistas” de quinta categoria, muitas ilusões, lágrimas em meio a acusações, pedidos de casamento desesperados e beijos apaixonados. A temporada promete entregar constrangimento em sua mais pura forma –e que bom!