FILMES E SÉRIES

Chris Pratt em cena de Justiça Artificial, filme que estreia em 2026 nos cinemas

(Foto: Divulgação/Sony Pictures)

JUSTIÇA ARTIFICIAL

Chris Pratt tem 90 minutos para provar sua inocência à IA em novo filme

Justiça Artificial é um suspense de ficção científica que chega aos cinemas brasileiros em janeiro do ano que vem

Vinícius Andrade, Tangerina
Vinícius Andrade

O suspense de ficção científica Justiça Artificial (conhecido internacionalmente como Mercy), estrelado por Chris Pratt e Rebecca Ferguson, está gerando interesse entre espectadores brasileiros. A expectativa é tamanha que o trailer oficial dublado, divulgado pela Sony Pictures Brasil em outubro no YouTube, acumula mais de 12,5 milhões de visualizações em menos de um mês. O longa é uma das grandes apostas da distribuidora para as férias de verão no Brasil.

O filme, uma produção da Amazon MGM Studios (do Prime Video), transporta o público para um futuro próximo, especificamente em 2029, em uma versão de Los Angeles. Na trama, o detetive Raven (Chris Pratt) é acusado de assassinar a própria esposa. Ironicamente, o policial é o arquiteto do sistema de justiça avançado que agora o julga.

Ele se encontra diante de um júri de Inteligência Artificial (IA), representado pela juíza Maddox (Rebecca Ferguson), que funciona como juíza, júri e promotora. Raven tem um prazo fatal: apenas 90 minutos para provar sua inocência antes que a IA determine seu destino e execute a sentença. Sua parceira, interpretada por Kali Reis, oferece ajuda na tentativa de refazer seus passos.

A direção do projeto ficou a cargo de Timur Bekmambetov, conhecido por filmes como Ben-Hur (2016) e Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros (2012), e o roteiro original é de Marco van Belle. O filme tem previsão de estreia nos cinemas brasileiros para 22 de janeiro de 2026.

Assista ao trailer de Justiça Artificial:

O processo de filmagem e a tecnologia utilizada no filme foram bastante distintos, focando em uma sensação de tempo real e imersão digital. O diretor Bekmambetov e a equipe tinham a regra de contar a história em tempo real, capturando os 90 minutos do julgamento como um “relógio correndo”. Por isso, o filme foi rodado quase como uma peça de teatro, utilizando longas tomadas que chegavam a 50, 60 e até 70 minutos.

Chris Pratt, que interpreta o detetive Raven, é visto preso a uma cadeira futurista durante todo o seu julgamento de 90 minutos. Essa configuração de confinamento foi intencional para ajudar na performance.

Sobre o confinamento na cadeira, o protagonista revelou durante um painel na New York Comic Con, em outubro, que ele pediu à produção para que o prendessem fisicamente para não ter que fingir estar restrito. O ator achou que a experiência criava uma sensação autêntica de pânico. Pratt complementou que o sentimento físico era útil para a atuação: “Há um certo nível de claustrofobia que você sente naturalmente quando está amarrado a algo, e isso foi útil, de fato”.

A tecnologia da IA se manifesta na tela através de evidências digitais. O sistema utiliza todos os aspectos da vida digital do personagem, incluindo filmagens de câmeras de campainha, publicações no Facebook, mensagens de texto, e até chamadas de FaceTime armazenadas na nuvem e o Instagram secreto da filha. Em algumas cenas, Pratt tinha até 1.000 telas em frente a si mostrando a vida digital de Raven sendo usada como prova.

Como foi feita a filmagem do novo filme de Chris Pratt

Os atores nem sempre estavam no mesmo local. Rebecca Ferguson, por exemplo, aparece em um monitor. A co-estrela Kali Reis foi filmada em um set separado, com sua imagem projetada para Pratt como uma “sessão de Zoom de alta qualidade”. Além disso, a produção em Los Angeles usou equipamentos como bodycams, drones e até “cães-robôs” para filmar cenas de multidão. O produtor Charles Roven afirmou que a história, ambientada em 2029, está se tornando cada vez mais real à medida que a tecnologia de IA avança no mundo.

O diretor Bekmambetov também enfatizou que o filme não se trata apenas de IA, mas da nossa própria vida digital: “Vivemos metade do nosso tempo no mundo físico agora. Metade do meu tempo estou gastando em um mundo digital. Isso significa que metade dos eventos mais importantes da minha vida está acontecendo, mas não no mundo físico”.

Para uma experiência cinematográfica mais intensa, Justiça Artificial será exibido em salas IMAX, prometendo que as telas de evidências “quase parecerão que estão vindo em direção a você, para fora da tela”.

A premissa do filme –onde o tempo é o recurso mais escasso e a tecnologia de IA determina a verdade– serve como um espelho da velocidade em que a própria IA está se integrando à nossa sociedade. A corrida contra os 90 minutos de Raven ilustra metaforicamente a urgência em que a humanidade precisa entender o impacto da IA antes que seja tarde.

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Vinícius Andrade, Tangerina

Vinícius Andrade

Jornalista e colaborador da Tangerina. Vinícius Andrade já foi editor do Notícias da TV e tem especialização em SEO. Interessado por tudo o que envolve mercado de entretenimento, tem mais de 13 anos de experiência na área e também trabalha com jornalismo local. E-mail: vinicius@tangerina.news

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