FILMES E SÉRIES

Oscar Isaac em cena de Star Wars: O Despertar da Força, uma das maiores bilheterias da década

Divulgação/Lucasfilm

Análise

De Hollywood à China: veja a transformação das bilheterias em 10 anos

O futuro dos cinemas pode depender dessa diversidade para sobreviver

Victor Cierro
Victor Cierro

Em dez anos, o cenário das maiores bilheterias do cinema mundial mudou radicalmente. Em 2015, Hollywood dominava o ranking e a arrecadação global vivia um de seus melhores momentos. Já em 2025, o top 10 traz valores mais modestos e uma diversidade maior de países e gêneros, mostrando como o mercado está em transformação.

Naquele ano, Star Wars: O Despertar da Força liderou com US$ 2 bilhões (R$ 10,6 bilhões), seguido por Jurassic World (US$ 1,67 bi) e Velozes e Furiosos 7 (US$ 1,51 bi). Ao todo, cinco filmes ultrapassaram a marca de US$ 1 bilhão (R$ 5,3 bilhões), e até o décimo colocado, Perdido em Marte, arrecadou mais de US$ 630 milhões (R$ 3,3 bilhões). Foi um ano em que os estúdios norte-americanos garantiram uma verdadeira enxurrada de blockbusters.

Já em 2025, o cenário é bem diferente. Apenas dois filmes passaram da marca de US$ 1 bilhão: a produção chinesa Ne Zha 2, que surpreendeu com US$ 1,9 bi (R$ 10,1 bilhões), e a versão live-action de Lilo & Stitch, com US$ 1 bi. O restante do top 10 de bilheterias ficou abaixo desse patamar, com destaque para Minecraft – O Filme (US$ 957 milhões) e Jurassic World: Recomeço (US$ 865 milhões).

Scarlett Johansson em Jurassic World: Recomeço

Scarlett Johansson em Jurassic World: Recomeço

Divulgação/Universal Pictures

2015 vs. 2025: análise das bilheterias

A diferença chama atenção: em 2015, chegar a US$ 600 milhões (R$ 3 bilhões) era o mínimo para estar entre os dez mais; em 2025, esse número caiu para US$ 419 milhões (R$ 2,2 bilhões), com o anime Demon Slayer fechando a lista. Isso mostra não apenas uma queda nos números, mas também a pulverização do público entre gêneros e franquias bem distintas.

Se antes Hollywood era soberana, hoje a bilheteria mundial é mais fragmentada. A presença de Ne Zha 2 evidencia a força da China, enquanto animes japoneses e adaptações de videogames conquistam espaço. Até mesmo o novo Superman ficou em “apenas” US$ 615 milhões (R$ 3,2 bilhões), valor que em 2015 não bastaria sequer para entrar no top 10.

Outro destaque é a diversidade temática. Além de franquias tradicionais como Jurassic World e Missão: Impossível, o ranking atual traz um filme de Fórmula 1 (F1: The Movie) e uma produção de super-heróis menos óbvios, como o Quarteto Fantástico. O gosto do público mundial parece estar mais variado, ainda que com cifras menores.

A comparação escancara a diferença de momento para Hollywood: 2015 foi um ano de arrecadações históricas, enquanto 2025 mostra um mercado em transição, com sucessos mais pontuais, maior presença da Ásia e menos megahits bilionários. O futuro das bilheterias pode depender dessa diversidade para sobreviver.

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Victor Cierro

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Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.

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