(Foto: Divulgação/Disney+)
A segunda temporada tem potencial para avançar no universo dos livros e consolidar a franquia no streaming
A volta de Percy Jackson sempre seria um evento para o público jovem, mas a Disney escolheu um momento quase impossível para a segunda temporada tentar respirar. A estreia dos novos episódios em 10 de dezembro de 2025 coloca a série exatamente no centro da maior movimentação do streaming no ano. Stranger Things inicia sua temporada final nesta quarta-feira (26) e permanece dominando todas as conversas até 31 de dezembro.
Enquanto a Netflix mobiliza o mercado inteiro com o desfecho de sua série mais popular, a Disney posiciona Percy Jackson e os Olimpianos na mesma janela para tentar disputar atenção. O problema é que a concorrência não é apenas forte, ela é avassaladora. Stranger Things volta com estreia em três datas, todas às 22h (horário de Brasília), criando um ciclo de expectativa contínuo que naturalmente muda o foco do público.
A estratégia da Disney revela confiança na força da marca Percy Jackson, mas também expõe um risco enorme para a série. Lançar dois episódios de uma nova temporada no mesmo período em que a Netflix domina as redes e as manchetes deixa pouco espaço para outra produção crescer. A disputa não é direta por histórias semelhantes, mas sim pelo tempo de tela do espectador.
Stranger Things chega ao Volume 1 em 26 de novembro, com quatro capítulos. Depois disso, o Volume 2 desembarca no Natal com mais três episódios, seguido do capítulo final antes da virada de ano. É uma sequência que ocupa todas as semanas de dezembro e transforma a temporada numa espécie de contagem regressiva cultural, difícil de competir de forma equilibrada.
Percy Jackson estreia em 10 de dezembro no Disney+ com dois episódios. A partir daí, a plataforma mantém lançamento semanal às quartas-feiras. A estratégia lembra a do primeiro ano, mas agora enfrenta um cenário muito mais turbulento. A sensação é de que a temporada poderia ter encontrado mais destaque em qualquer outro mês do calendário.
O público que acompanha as duas produções também tende a priorizar Stranger Things. O encerramento de uma história que começou em 2016 pesa mais do que o retorno de uma adaptação ainda em construção. Isso não diminui o potencial de Percy Jackson, mas cria uma barreira natural para conversas paralelas, ainda mais num período de fim de ano.
Mesmo assim, a Disney parece disposta a colocar a série à prova. A segunda temporada tem potencial para avançar no universo dos livros e consolidar a franquia no streaming. A aposta pode soar arriscada, mas também demonstra o desejo da plataforma de posicionar Percy Jackson como uma marca suficientemente forte para enfrentar um dos maiores fenômenos da década.
Victor Cierro
Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.
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