Divulgação/Warner Bros. Pictures
Manolo Rey e Marco Ribeiro, dubladores de As Múmias e o Anel Perdido, falam sobre a produção em entrevista à Tangerina
A Warner Bros. Pictures lançou na última semana uma animação que tem tudo para conquistar o coração de crianças e adultos. As Múmias e o Anel Perdido já está disponível nos cinemas e acompanha a história da princesa Néfer, moradora de uma cidade de múmias que fica nas profundezas da Terra e que é obrigada a se casar com Thut, mesmo nenhum dos dois desejando a união.
As vontades dos deuses egípcios, porém, são incontornáveis, e Thut terá que se casar em sete dias, oferecendo a Néfer a antiga aliança que o Faraó lhe deu. Entretanto, na superfície, o lorde Silvester Carnaby realiza uma expedição arqueológica na qual encontra uma aliança histórica e se apodera do artefato buscando fama e dinheiro.
Quando o roubo da aliança é descoberto, Thut não tem outra escolha a não ser subir ao mundo humano e se infiltrar em Londres em busca da joia. Ele e seus companheiros vivem, então, uma aventura e tanto.
A animação, dirigida pelo espanhol Juan Jesus Garcia Galocha, tem um time de dubladores veteranos que dão à história o primor que ela merece no Brasil. Manolo Rey, a mesma voz de Sonic no Brasil, dublou Thut, enquanto Marco Ribeiro, mesmo dublador de Woody em Toy Story (1995), emprestou sua voz para lorde Carnaby.
Em entrevista à Tangerina, os profissionais contam que se encantaram com as peculiaridades do projeto. “Gostei muito do roteiro e do estilo da animação, que foge um pouquinho do convencional”, declara Manolo Rey. “É o tipo de filme que degustamos de uma forma bem suave, a que a gente assiste e não vê a hora passar.”
Ainda que na tela tudo pareça superfluido para o espectador, dublar uma animação pode ser desafiador. Para Marco Ribeiro, é bem mais fácil emprestar voz a um ator real do que a um desenho.
“Por causa da boca, você tem que fazer uma adaptação bem feita. Ainda mais essa animação que fizemos, por conta da classificação indicativa, é necessário ter cuidado com as piadas também, para não ter nada grosseiro”, conta.
Manolo concorda com o colega, e ainda acrescenta que um grande erro dos desenhos infantis é tentar fugir do naturalismo tão visto nas dublagens de pessoas reais. “No live-action, você tem que ser naturalista aos extremos, assim como vemos nas novelas, onde menos é mais. Na animação, incorre-se muito em um erro que é o exagero. Só que as crianças de hoje em dia estão muito exigentes, elas querem entender a história, contar para os amigos, e nós temos que trabalhar o naturalismo também na animação, criar os personagens dentro da realidade, porque quem for assistir tem que pensar que aquele personagem existe”, afirma.
A preparação para dublar personagens de animação, porém, é a mesma de emprestar voz a um ator já conhecido pelo público. “Temos que ter cuidado com a voz, com a garganta, até com alimentação. A gente não pode comer numa churrascaria e ir dublar, porque senão não vamos conseguir”, brinca o dublador.
As Múmias e o Anel Perdido estreou na última quinta-feira (23) nas principais salas de cinema do Brasil. Assista ao trailer:
As Múmias e o Anel Perdido
Animação da Warner Bros. Pictures já está disponível nos cinemas
Giulianna Muneratto
Jornalista pela Faculdade Cásper Líbero. Adora um filme clichê, música pop e sonhava em ser cantora de cruzeiro, mas não tem talento pra isso.
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