Foto: Divulgação/Prime Video
Disponível para assistir no Prime Video, filme ainda conta com diretor conceituado
Sydney Sweeney, Ana de Armas, Jude Law, Vanessa Kirby e Daniel Brühl. O drama de sobrevivência Éden, dirigido por Ron Howard (de Uma Mente Brilhante e O Código Da Vinci), chegou aos cinemas com um elenco repleto de grandes nomes de Hollywood, mas não conseguiu converter essa força em sucesso de bilheteria. Agora disponível para assistir no Prime Video, o filme pode encontrar redenção e um público maior.
A trama explora a história verídica de colonos europeus idealistas que buscaram construir uma utopia na natureza selvagem da Ilha Floreana, nas Ilhas Galápagos, no início do século 20. O desempenho comercial nas bilheterias foi decepcionante.
Conforme listado no início deste texto, Éden conta com uma impressionante lista de talentos, muitos dos quais são aclamados na indústria e em premiações. Os atores, que juntos representaram cerca de 38% do custo total de produção, não foram suficientes para atrair o público em massa.
Apesar do elenco de peso e de ter sido dirigido por um cineasta vencedor de dois Oscars como Ron Howard, Éden registrou uma bilheteria de estreia doméstica (EUA/Canadá) de apenas US$ 1 milhão (R$ 5,4 milhões), sendo exibido em 664 cinemas. Lançado em agosto, o filme saiu de cartaz com uma arrecadação global de apenas US$ 2,7 milhões (R$ 14,5 milhões) –sim, esse valor considera o desempenho em todo o mundo.
A passagem fraca pela bilheteria é ainda mais notável quando comparada aos seus custos. O filme tinha um orçamento bruto de produção de US$ 55 milhões (R$ 296 milhões), que foi reduzido para um custo líquido de US$ 35 milhões (R$ 188 milhões) graças a créditos fiscais australianos.
De acordo com informações do Deadline, o filme conseguiu faturar cerca de US$ 26 milhões (R$ 140 milhões) em vendas internacionais fora do cinema, ou seja, as plataformas internacionais que compraram os direitos de exibição.
A distribuição no streaming e as vendas em vídeo sob demanda são importantes para Éden não ficar no prejuízo. Uma parte significativa das vendas internacionais do filme foi negociada com o Prime Video, inclusive aqui no Brasil.
Sydney Sweeney em cena de Eden
Divulgação/Vertical
O desempenho fraco de Éden é visto por analistas como um sintoma do estado atual do mercado de distribuição cinematográfica, onde dramas adultos estrelados enfrentam dificuldades para atrair audiências aos cinemas.
Um fator crucial foi a recepção crítica morna do filme. Após sua estreia no Festival de Toronto (TIFF) quase um ano antes, as críticas não foram entusiasmadas (atingindo 55% no Rotten Tomatoes). Essa falta de aclamação impediu que o filme recebesse uma garantia mínima de distribuição e atrasou a aquisição de um distribuidor nos Estados Unidos por oito meses.
Além disso, o poder de atração de estrelas tem limites. Embora os atores sejam talentosos e famosos, nenhum deles é considerado um nome que garanta o sucesso de bilheteria apenas por estar no filme.
Sydney Sweeney surfou na onda de Todos Menos Você (2023), mas não repetiu o feito em Americana nem em Eden. Vanessa Kirby brilhou em Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, mas esse prestígio não se converteu em interesse pelo novo trabalho. O mesmo vale para Ana de Armas, que estrelou Bailarina, derivado de John Wick.
A campanha de marketing também foi discreta, gerando pouca expectativa e dando a impressão de que havia pouca fé no potencial de bilheteria. Éden se encaixa no perfil de filmes que costumavam ter sucesso moderado nos cinemas, mas que agora têm seu futuro atrelado ao mercado de streaming.
Vinícius Andrade
Jornalista e colaborador da Tangerina. Vinícius Andrade já foi editor do Notícias da TV e tem especialização em SEO. Interessado por tudo o que envolve mercado de entretenimento, tem mais de 13 anos de experiência na área e também trabalha com jornalismo local. E-mail: vinicius@tangerina.news
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