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Jackson A. Dunn em cena de Brightburn - Filho das Trevas

(Foto: Divulgação/Sony Pictures)

Brightburn

O filme pouco conhecido sobre o Superman do Mal escondido na Netflix

A trama não explora todo o potencial da ideia, mas oferece uma reviravolta interessante no formato tradicional da origem de super-heróis

Victor Cierro
Victor Cierro

Antes de assumir o comando do novo universo da DC, James Gunn produziu um filme que subverte completamente o mito do Superman. Brightburn: Filho das Trevas, lançado em 2019, imagina como seria se uma criança alienígena com poderes sobre-humanos decidisse usar suas habilidades para o mal. A produção, dirigida por David Yarovesky e escrita pelos irmãos de Gunn, Brian e Mark Gunn, fica disponível na Netflix dos Estados Unidos em 1º de dezembro, mas já está disponível no catálogo brasileiro.

No longa, Elizabeth Banks e David Denman interpretam Tori e Kyle, um casal que sonha em ter um filho e encontra um bebê misterioso vindo do espaço. O menino, Brandon (Jackson A. Dunn), cresce mostrando dons extraordinários até que uma força sombria o leva a agir de maneira cruel e violenta. A premissa mistura elementos de horror com ficção científica, criando uma espécie de “Superman do Mal”, uma das ideias mais provocativas e sombrias do gênero de super-heróis.

Apesar do conceito original e do bom elenco, Brightburn dividiu a crítica. No Rotten Tomatoes, o filme soma 57% de aprovação entre os críticos e 67% entre o público. O consenso aponta que a trama não explora todo o potencial da ideia, mas ainda oferece uma reviravolta interessante no formato tradicional de histórias de origem de super-heróis. Produzido com um orçamento de aproximadamente US$ 12 milhões (R$ 63 milhões), o longa arrecadou cerca de US$ 33 milhões (R$ 174 milhões) ao redor do mundo, resultado modesto para o potencial da proposta.

Superman do mal na Netflix

A produção ainda se destaca por ter sido lançada em um momento em que Gunn alternava entre projetos de baixo orçamento e os grandes blockbusters da Marvel e da DC. Na época, ele já havia comandado Guardiões da Galáxia e estava prestes a dirigir O Esquadrão Suicida (2021). Hoje, ele é co-CEO da DC Studios e responsável pela nova fase do estúdio, que começou com Superman, sucesso de bilheteria com mais de US$ 600 milhões (R$ 3,1 bilhões) arrecadados.

Embora o público ainda peça por uma continuação, a sequência de Brightburn parece improvável. Em 2024, James Gunn afirmou nas redes sociais que os direitos do filme estão “todos bagunçados”, o que dificulta qualquer novo projeto. Mesmo assim, o diretor David Yarovesky disse em março de 2025 ao Screen Rant que adoraria revisitar o universo do longa e trabalhar com Gunn novamente, principalmente agora que o cineasta está à frente do novo Superman.

Com Brightburn na Netflix, novos espectadores poderão descobrir essa versão sombria e distorcida da lenda do Superman. Para quem gosta de filmes de terror com um toque de ficção e superpoderes, é uma ótima oportunidade de conhecer o projeto “esquecido” de James Gunn que, cinco anos antes de reinventar o Homem de Aço, já havia mostrado como seria se ele tivesse escolhido o lado errado.

Assista abaixo ao trailer de Brightburn: Filho das Trevas:

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Victor Cierro

Victor Cierro

Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.

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