(Foto: Divulgação/Netflix)
Com apenas três episódios, a minissérie de suspense político tem dividido as opiniões dos espectadores. É boa ou não é?
A série argentina As Maldições desvendou em seu final uma intrincada trama de ambição humana, traições e segredos familiares, revelando verdades inquietantes sobre poder e liberdade. Com apenas três episódios, a minissérie de suspense político tem duração de filme e uma trama que tem dividido as opiniões da audiência Netflix, com uma nota 5,6/10 no IMDb.
O roteiro se construiu em torno de um projeto de lei sobre recursos hídricos e exploração de lítio, um tema de grande impacto social e econômico na região. Inicialmente, o governador Fernando Rovira (Leonardo Sbaraglia) opôs-se firmemente à aprovação da lei, motivado por interesses políticos e financeiros atrelados a um acordo com a empresa Mapple Corps, que envolveria terras indígenas e um alto consumo de água.
Contudo, após uma manobra política, a lei foi aprovada. A decisão de Fernando não representou uma súbita mudança moral, mas sim um ato calculado para prejudicar sua mãe, Irene, e se libertar do controle dela e das corporações. Ele percebeu que estava sendo usado como um peão e descobriu que Irene havia ordenado o assassinato de sua esposa, Lucrecia, para proteger sua carreira. Ao apoiar a lei, Fernando desfez o acordo com a Mapple e buscou traçar seu próprio caminho.
Uma das reviravoltas do final foi a revelação de que Zoe (Francesca Varela) não era filha biológica de Fernando, mas sim de Román Sabaté (Gustavo Bassani), seu assessor. O fato já era conhecido por Zoe, que foi informada por Lucrecia (Mónica Antonópulos) em seus últimos instantes de vida. O sequestro de Zoe por Román não visava ferir a jovem, mas sim libertá-la do ambiente de poder e manipulação da família Rovira.
Embora Román, a princípio, não tivesse intenção de assumir o papel de pai biológico, o tempo que passou com Zoe e o conhecimento de que ela já sabia a verdade o levaram a reconsiderar. No desfecho, Zoe decide ir com Román para construir uma vida longe do sistema que os tratava como peças de um jogo. Fernando, apesar da dor de se separar da filha que criou, apoiou a decisão de Zoe de estar com seu pai biológico.
Irene (Alejandra Flechner), a mãe de Fernando, emergiu como a verdadeira “grande manipuladora” por trás dos eventos. Foi ela quem ordenou o assassinato de Lucrecia, mãe de Zoe, para evitar que a verdade sobre a paternidade viesse à tona e comprometesse a imagem e a carreira política de seu filho. Sua única preocupação era o poder e o legado de Fernando, a ponto de amaldiçoar o filho por arruinar anos de estratégias.
O Dr. Capardi, um personagem inicialmente subestimado, demonstrou ter um papel estratégico crucial. Ele detinha informações importantes, como o acidente manipulado da mãe de Román e a origem de Zoe, usando esses conhecimentos para negociar sua posição como Ministro da Saúde. Fernando, buscando consolidar sua campanha presidencial e se desvencilhar do controle materno, aliou-se a Capardi, oferecendo-lhe o cargo de Ministro da Saúde.
O ato final de Fernando na série As Maldições, ao expor a verdade sobre Zoe e apoiar a lei da água, foi, na realidade, uma forma de se libertar do controle de sua mãe. Ele assumiu o controle da narrativa ao revelar publicamente a verdade sobre a paternidade de Zoe, afirmando que continuaria a cuidar dela, o que visava ganhar a confiança do público e fortalecer sua imagem.
Fernando anuncia sua intenção de se candidatar à presidência, posicionando-se como um forte concorrente, embora seu destino político final não seja confirmado. As Maldições termina na Netflix com uma mensagem sobre o preço do poder quando ele é priorizado acima da dignidade humana.
E você, gostou de As Maldições?
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