Reprodução/TNT
Maior premiação da TV norte-americana, o Emmy só deve ocorrer em janeiro do ano que vem, mas organizadores lutam para fazer a festa antes
Inicialmente prevista para 18 de setembro, a cerimônia de entrega do Emmy deste ano foi adiada em meio às greves dos roteiristas (iniciada em 2 de maio) e dos atores (em 14 de julho). Agora, a premiação só deve ocorrer em janeiro de 2024. É a primeira vez em 22 anos que a festa muda de data –em 2001, os atentados terroristas de 11 de setembro forçaram a alteração.
A nova data causou uma guerra nos bastidores da premiação. A Academia de Televisão, responsável pelo prêmio, deseja que a festa ocorra em novembro. Já a Fox, que transmite a cerimônia nos Estados Unidos, prefere exibi-la no início do ano que vem. A palavra final é da rede de TV.
O grande problema em adiar o Emmy para 2024 é que, pela programação da Fox –que vai exibir partidas importantes do futebol americano aos domingos, o único dia disponível seria 21 de janeiro. Isso colocaria a cerimônia, que tradicionalmente abre a temporada de premiações, depois de eventos como o Globo de Ouro (7 de janeiro), o SAG Awards (10 de janeiro) e o Critics’ Choice Awards (14 de janeiro).
Outro problema para a Academia de Televisão é que os indicados ao Emmy ficariam “velhos” até o ano que vem. A premiação considera séries e filmes exibidos entre 1º de junho de 2022 e 31 de maio de 2023, enquanto os outros prêmios reconhecem atrações disponibilizadas até 31 de dezembro.
Assim, produções como Dahmer: Um Canibal Americano, lançada pela Netflix em 21 de setembro do ano passado, e The Bear, que teve sua primeira temporada encerrada em 22 de junho de 2022, seriam reconhecidas pelo Emmy até 19 meses depois de sua exibição.
Apesar do adiamento, a Academia de Televisão afirmou que não vai mexer no período de votação do Emmy. Ou seja, os votos precisam ser enviados até 28 de agosto. Isso significa que atores e roteiristas não poderão fazem campanha nem participar dos eventos FYC (For Your Consideration), na qual séries indicadas tentam “se vender” para quem escolhe os vencedores.
Luciano Guaraldo
Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.
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