Divulgação/HBO
Criadores da série tinham previsto cinco temporadas para amarrar todas as pontas soltas da guerra entre robôs e humanos
Depois de quatro temporadas de muita maluquice, narrativas em tempos diferentes e robôs que se passavam por humanos (ou vice-versa), Westworld chegou ao fim nesta sexta-feira (4). A HBO anunciou o cancelamento de seu drama, apesar de os criadores Jonathan Nolan e Lisa Joy terem revelado que o plano era encerrar a trama no quinto ano.
“Ao longo das quatro últimas temporadas, Lisa e Jonah levaram o público em uma odisseia que desafiou a lógica e elevou o patamar a cada passo. Nós somos tremendamente gratos a eles, e ao elenco talentoso, aos produtores e à equipe. Foi uma emoção fazer parte dessa jornada com eles”, disse a HBO em um comunicado à imprensa.
Os produtores, atualmente envolvidos com a série Periféricos, do Prime Video, também celebraram o que chegou a ser feito –mesmo que não tenham recebido a oportunidade de finalizar a história como haviam pretendido. “Fazer Westworld foi um dos pontos altos da nossa carreira. Somos muito gratosa ao elenco e à equipe por criarem esses personagens indeléveis e esses mundos brilhantes. Foi um privilégio contar histórias sobre o futuro da consciência –humana ou não– durante uma breve janela de tempo antes que os mestres da inteligência artificial nos proíbam de fazer isso.”
O final da quarta temporada mostrou Charlotte Hale (Tessa Thompson) destruir a pérola que continha a essência do Homem de Preto (Ed Harris), enquanto Christina (Evan Rachel Wood) descobriu sua relação com Dolores (Evan Rachel Wood) e usou o Sublime (espécie de céu dos robôs) para voltar ao parque Westworld original. “Talvez desta vez a gente consiga se libertar”, especulou ela em uma narração. O público jamais vai saber o desfecho.
O cancelamento faz parte dos cortes de gasto promovidos pela Warner Bros. Discovery desde a junção das duas empresas. Segundo o Deadline, só a terceira temporada de Westworld custou cerca de US$ 100 milhões (R$ 507 milhões, na cotação atual). Como a tendência é que uma série fique cada vez mais cara com o passar dos anos, a nova direção achou melhor cortar o mal pela raiz –como tentou fazer com a animação American Dad!, sem sucesso.
Luciano Guaraldo
Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.
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