Divulgação/Twentieth Century Studios
James Cameron bateu o pé para manter elementos que considerava cruciais em Avatar (2009) e usou o sucesso de Titanic como arma de convencimento
Antes de chegar aos cinemas em 2009, Avatar (2009) deveria ter passado por algumas mudanças pedidas pelo estúdio. Para lançar o primeiro filme da franquia, James Cameron teve que bater o pé e lutar por alguns elementos que a Fox queria cortar na pós-produção do longa, e usou até o sucesso de Titanic para convencer os executivos.
“O estúdio sentiu que o filme deveria ser mais curto e que havia muito voo nos ikran —o que os humanos chamam de banshees”, revelou o cineasta ao The New York Times.
“Eu apenas estabeleci um limite e disse: ‘Quer saber? Eu fiz Titanic. Este prédio em que estamos nos reunindo agora, esse novo complexo de meio bilhão de dólares no seu terreno? O Titanic pagou por isso, então eu posso fazer o que eu quiser’.”
James Cameron, porém, deu foco ao potencial comercial do filme, também, mas não queria que isso o impedisse de fazer o longa exatamente do jeito que gostaria que fosse feito.
“Há um senso de responsabilidade de fazer o melhor trabalho que podemos e torná-lo um gerador de dinheiro”, explicou ele. “Mas não sei como isso se traduz artisticamente em qualquer decisão que eu tome no filme. Eu não digo, ‘Hmmm, vamos colocar aquela planta ali porque vamos ganhar mais dinheiro’. Não funciona assim. Quando é bom o suficiente, você meio que sabe.”
Um verdadeiro fenômeno, Avatar (2009) arrecadou US$ 2,8 bilhões (cerca de R$ 14,5 bilhões na cotação atual) de bilheteria em todo o mundo. A sequência da saga chega aos cinemas em 16 de dezembro. Por isso, o longa original volta a entrar em cartaz em algumas salas a partir desta quinta-feira (22).
Giulianna Muneratto
Jornalista pela Faculdade Cásper Líbero. Adora um filme clichê, música pop e sonhava em ser cantora de cruzeiro, mas não tem talento pra isso.
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