Divulgação/Sony Pictures
O novo filme depende apenas de uma boa história com um protagonista carismático
Karatê Kid: Lendas estreou nos cinemas nesta quinta-feira (8), trazendo um toque especial à franquia. Com um tom nostálgico e ao mesmo tempo revigorante, o longa consegue capturar o espírito dos filmes originais sem depender deles para funcionar. O protagonista Li (Ben Wang) é carismático sem esforço, oferecendo uma performance que mistura humor, leveza e técnica.
Em meio a tantos reboots forçados e sequências que insistem em se apoiar no sucesso de outros filmes, Karatê Kid: Lendas surge como um verdadeiro sopro de originalidade. Não é necessário ser fã da franquia ou conhecer a série Cobra Kai (2018-2025) para entender a trama. Na verdade, o filme funciona de forma independente, algo raro no cinema atual.
No contexto dos blockbusters recentes, que parecem cada vez mais interligados em universos compartilhados, o novo Karatê Kid se destaca justamente por não depender de referências ou ganchos para outras produções. Em vez disso, o filme foca no desenvolvimento de seu protagonista e na jornada de autodescoberta de Li.
A escolha por um protagonista jovem e sem grandes nomes no elenco principal também é um acerto. Ben Wang entrega um desempenho sincero, equilibrando humor e emoção sem cair na caricatura. A química entre ele e seus coadjuvantes cria uma atmosfera envolvente, que faz o público torcer pelo garoto.
Karatê Kid: Lendas ainda acerta ao explorar o cenário de Nova York, transformando a cidade em um campo de batalhas emocionais e físicas. Cada cena de luta é bem coreografada, remetendo aos clássicos golpes de Mr. Miyagi (Pat Morita), mas sem depender deles para causar impacto.
Em tempos de filmes cada vez mais focados em criar franquias e universos expandidos, Karatê Kid: Lendas lembra o público do poder de uma boa história contada de forma simples e autêntica. É um filme que prova que o cinema não precisa ser grandioso para emocionar. Basta ser verdadeiro.
Victor Cierro
Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É o foca da equipe e cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.
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