(Foto: Divulgação/Disney+)
O futuro do estúdio não está mais nas bilheterias — está nas assinaturas
A Marvel não é mais a mesma dos tempos de Vingadores: Ultimato (2019). Se antes o estúdio vivia de bilheterias bilionárias e estreias globais, agora o foco mudou completamente — e 2026 deixa isso mais claro do que nunca. Pela primeira vez, o calendário do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel) tem mais estreias no Disney+ do que nos cinemas, consolidando uma virada histórica na estratégia da empresa.
A mudança ficou evidente na New York Comic Con 2025, onde o estúdio transformou o palco principal em uma vitrine do que vem por aí. Foram anunciadas séries, animações e especiais que dominam o calendário do próximo ano — e apenas um grande filme em cartaz nos cinemas: Vingadores: Doomsday, marcado para dezembro e com o retorno de Robert Downey Jr. O resto do ano pertence ao streaming.
Logo em janeiro, Magnum abre a nova fase do MCU direto no Disney+, com Yahya Abdul-Mateen II e Ben Kingsley. Depois, Demolidor: Renascido chega em março reunindo Charlie Cox e Krysten Ritter. Até o segundo semestre, a plataforma ainda recebe X-Men ’97 (junho), Seu Amigão da Vizinhança Homem-Aranha (setembro), VisionQuest e um especial do Justiceiro.
Enquanto isso, o cinema tem um único representante em julho: Homem-Aranha: Um Novo Dia, novo capítulo da saga de Tom Holland. Mesmo assim, o longa se conecta fortemente às tramas que acontecem no streaming — um sinal de que o estúdio já enxerga suas séries como pilares do universo principal.
Em 2026, a Marvel deixa de lado o velho modelo de “grandes filmes intercalados por séries complementares”. Agora, o Disney+ dita o ritmo e o tom das histórias, e o cinema serve como extensão. Essa inversão é a prova de que o MCU vive uma nova era — menos sobre blockbusters, mais sobre consistência e engajamento contínuo.
Se a estratégia vai funcionar, só o público dirá. Mas uma coisa é certa: o futuro da Marvel não está mais nas bilheterias — está nas assinaturas.
Victor Cierro
Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.
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