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Laura Luz

Divulgação/Disney+

CRÍTICA

Mila no Multiverso: Série nacional tem a cara da Disney nos anos 2000

Ficção científica brasileira estreia completa no streaming do Mickey nesta quarta-feira (25); primeira temporada conta com oito episódios

André Zuliani

Primeira série de ficção científica nacional do Disney+, Mila no Multiverso estreia na plataforma nesta quarta-feira (25) com cara de viagem no tempo. Claro, o próprio título da atração indica que o foco da trama não é quebrar os limites do espaço-tempo, mas, sim, as barreiras entre universos distintos. O ponto é que a produção idealizada por Janaína Tokitaka o faz com o espírito de um título da empresa do Mickey criado nos anos 2000.

Descrever Mila no Multiverso como uma série com cara dos anos 2000 não é uma crítica. Duas décadas atrás, a Disney fazia história com atrações voltadas para o público infantojuvenil, mas que também poderiam ser assistidas por toda a família. Títulos como Lizzie McGuire (2001-2004), Hannah Montana (2006-2011) e Os Feiticeiros de Waverly Place (2007-2012) são apenas alguns exemplos que permanecem até hoje no coração dos fãs.

Por mais que as três produções tivessem trama e gêneros diferentes da nova série do Disney, todas compartilham pontos positivos em comum. Mila no Multiverso carrega consigo o mesmo humor juvenil e a química perfeita entre o seu elenco teen, que podem fazer da atração um dos grandes acertos do streaming do Mickey em terras brasileiras.

A trama conta a história de Mila (Laura Luz), adolescente de 16 anos cheia de empatia e que faz amizades facilmente. A jovem, no entanto, sofre para se reaproximar de sua mãe, Elis (Malu Mader), cientista que passa grande parte de seu tempo mergulhada no trabalho e trancada em seu laboratório particular.

O que Mila não sabe é que sua mãe esconde um grande segredo. Cientista brilhante, Elis sabe da existência do multiverso e como viajar entre realidades. No dia do aniversário da garota, a personagem de Malu Mader desaparece, e Mila acaba encontrando um dispositivo que a faz trocar de consciência com a sua contraparte de outro universo.

Yuki Sugimoto e João Victor

Yuki Sugimoto (Juliana) e João Victor (Vinícius)

Divulgação/Disney+

Agora em outra realidade, Mila surge em um instituto que funciona como um colégio interno para formar jovens experts em química –algo como a Hogwarts da alquimia. Lá, a protagonista encontra novas versões da sua melhor amiga Juliana (Yuki Sugimoto) e dos colegas Vinícius (João Filho) e Pierre (Dani Flomin).

Além de estar em um universo completamente diferente do seu e com sua mãe desaparecida, Mila precisa enfrentar um grupo maligno chamado de Os Operadores, cuja missão é caçar os viajantes do multiverso e destruir todas as realidade de uma vez por todas. Ao lado de seus novos (ou antigos?) amigos, ela encara o desafio de salvar todas as criaturas vivas.

Apesar das semelhanças com elementos de séries antigas da Disney, Mila no Multiverso tem como seu grande trunfo a diversidade. O quarteto de jovens protagonistas é formado por personagens negros (Mila), asiáticos (Yuki), LGBTQIA+ (Vinicius) e neurodivergentes (Pierre). Se a atração conta com o humor e a exploração do amadurecimento já visto em outras obras, ver tal nível de representatividade em tela seria raríssimo –para não dizer impossível– nos anos 2000.

Por ser uma série voltada para o público jovem, há certas liberdades no roteiro que requerem muita mente aberta por parte da audiência adulta. Resoluções fáceis e professores desatentos até demais são marcas vistas em vários episódios, e isso nem sempre pode agradar ao mais cético dos fãs. Para as crianças, contudo, Mila no Multiverso tem o DNA necessário para ser mais um acerto dos estúdios Disney.

Laura Luz

Mila no Multiverso

Trailer oficial

Cartaz de Mila no Multiverso

Mila no Multiverso

Ficção científica
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Direção

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Produção

Disney+

Onde assistir

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Elenco

Laura Luz
Malu Mader
Yuki Sugimoto
João Victor
Dani Flomin
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André Zuliani

Repórter de séries e filmes. Viciado em cultura pop, acompanha o mundo do entretenimento desde 2013. Tem pós-graduação em Jornalismo Digital pela ESPM e foi redator do Omelete.

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