Alex Bailey/Netflix
Atriz de Stranger Things se inspirou na personagem de Phoebe Waller-Bridge para quebrar a quarta parede na nova produção da Netflix
Conhecida mundialmente como a Eleven de Stranger Things, Millie Bobby Brown retoma o papel da irmã mais nova de Sherlock em Enola Holmes 2. No filme que chega à Netflix em 4 de novembro, no entanto, a atriz inglesa se distancia ainda mais da jovem com poderes para buscar inspiração em outro ícone feminista: Fleabag, vivida por Phoebe Waller-Bridge na série exibida entre 2016 e 2019.
Assim como a jovem que se apaixonou por um padre, Enola Holmes quebra a quarta parede para se comunicar com o público com frequência. Essa estratégia é utilizada ainda mais na continuação do que no primeiro filme, lançado em 2020. Não é coincidência que as duas aventuras da irmã de Sherlock (Henry Cavill) tenham sido dirigidas por Harry Bradbeer, que comandou 11 dos 12 episódios de Fleabag.
“Acho que Harry pode falar melhor sobre isso, mas ele vai concordar comigo que nós tentamos quebrar a quarta parede em quase todas as cenas do filme. E aí ele pegou os momentos que funcionaram melhor e os manteve no filme”, disse Millie Bobby Brown em conversa com a Variety durante a pré-estreia do filme em Nova York.
A atriz não fez a menor questão de esconder que se inspirou em Phoebe Waller-Bridge para fazer esses momentos de conversa com o público em Enola Holmes 2. “Ela tem a maneira mais perfeita de quebrar a quarta parede, por causa de sua inteligência, do seu humor, do seu tempo para a comédia. Ela é uma grande inspiração para mim. E sei que Harry trabalhou muito próximo de Phoebe, então é uma bênção ter ele para me guiar e explicar como chegar ao tom certo”, elogiou.
Enquanto o primeiro Enola Holmes era sobre a jornada de autodescoberta da personagem, a continuação mostra a protagonista em sua primeira missão como detetive de verdade. Ela vai investigar uma fábrica de fósforos que explora o trabalho de meninas menores de idade –a história é inspirada em uma greve das operárias que aconteceu de verdade, em 1888.
“É um momento que nos chamou a atenção como um símbolo feminista perfeito. Foi a primeira greve feita por mulheres para as mulheres. Isso se reflete na ideia de que Enola, para crescer, precisa trabalhar com outras pessoas e não depender mais tanto só de si mesma. É uma história que muda do ‘eu’ para o ‘nós’, uma história de sororidade”, descreveu Harry Bradbeer.
Luciano Guaraldo
Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.
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