Divulgação/Paramount Pictures
A Paramount Pictures quis solucionar o problema enfrentado pelo estúdio dos Vingadores, o que acabou dando errado
Missão Impossível 8 estreia nos cinemas nesta quinta-feira (22) com a promessa de encerrar a saga de Ethan Hunt (Tom Cruise). O longa tenta evitar um erro comum da Marvel ao usar flashbacks para conectar os sete filmes anteriores da franquia. Em um cenário em que o público já demonstrou não ter paciência para fazer “lição de casa” (assistir a todos os longas passados), a produção optou por inserir referências diretas aos eventos anteriores.
A estratégia, no entanto, acaba sendo um tiro no pé. Em vez de facilitar a compreensão do público, os flashbacks constantes comprometem o ritmo da narrativa e tornam o filme arrastado. A tentativa de criar um encerramento épico para Ethan Hunt se perde em meio a cenas que relembram momentos marcantes da franquia.
Desde o início da série, a trama de Missão Impossível sempre apostou em ação frenética e cenas de tirar o fôlego. Agora, a escolha por rememorar situações passadas gera uma sensação de déjà vu, impedindo que a história avance.
A Marvel sofreu críticas semelhantes ao exigir que o público acompanhasse dezenas de produções para entender suas tramas. Missão Impossível 8 tenta fugir desse formato, mas acaba repetindo a mesma falha. Em vez de criar uma conclusão emocionante, o longa se apoia em elementos nostálgicos sem entregar uma narrativa consistente.
Para Tom Cruise, a despedida de Ethan Hunt era a chance de coroar sua trajetória na franquia. No entanto, a tentativa de amarrar todas as pontas soltas faz com que o ator perca espaço para os flashbacks, que acabam roubando a atenção do protagonista.
Missão Impossível 8, que chega ao Brasil com grandes expectativas, corre o risco de ser lembrado como um final anticlimático, mais preocupado em recontar o passado do que em construir um desfecho impactante.
A despedida de Tom Cruise como Ethan Hunt tinha potencial para ser o ápice da franquia, mas o excesso de referências e o apelo à nostalgia podem transformar o que deveria ser um clímax épico em uma retrospectiva arrastada.
Victor Cierro
Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É o foca da equipe e cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.
Ver mais conteúdos de Victor CierroTangerina é um lugar aberto para troca de ideias. Por isso, pra gente é super importante que os comentários sejam respeitosos. Comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, com palavrões, que incitam a violência, discurso de ódio ou contenham links vão ser deletados.
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