O musical mais elogiado do ano não é Wicked 2; conheça o favorito

Wicked: Parte 2 chegou aos cinemas com força, muita expectativa e a missão de encerrar a maior adaptação musical da década. O filme estrelado por Cynthia Erivo e Ariana Grande segue forte entre o público, mas a recepção da crítica não colocou a produção no topo do gênero em 2025. Com 70% no Tomatometer e 95% de aprovação do público, o final da saga de Oz divide opiniões por depender do material de origem da Broadway e repetir a estrutura clássica de fantasia.

Enquanto Wicked aposta em espetáculo, reviravoltas conhecidas e uma narrativa mais tradicional, outro título tomou a dianteira entre os musicais do ano. Guerreiras do K-Pop, da Netflix, se tornou o musical mais elogiado de 2025. Com 96% no Tomatometer e impressionantes 99% de aprovação do público, a animação cativou pela modernidade, pelo ritmo acelerado e por personagens muito mais próximos da realidade atual do público jovem.

O contraste entre os dois filmes é evidente já no estilo. Wicked: Parte 2 mantém sua estrutura teatral, com números grandiosos e personagens arquetípicos como Elphaba (Cynthia Erivo) e Glinda (Ariana Grande). Guerreiras do K-Pop, por outro lado, mergulha na cultura pop contemporânea. O filme mistura mitologia coreana, elementos sobrenaturais e toda a estética vibrante do K-pop. O resultado é um musical que conversa diretamente com a cultura digital, com linguagem, visuais e referências do momento.

Wicked foi superado

Outro ponto decisivo é o retrato de suas protagonistas. Em Wicked: Parte 2, Elphaba e Glinda continuam sendo figuras clássicas, divididas entre fama, poder e responsabilidade. Em Guerreiras do K-Pop, Rumi, Mira e Zoey surgem como personagens falhas, engraçadas, emocionais e genuinamente humanas. A crítica destaca justamente essa autenticidade, algo que contrasta com heroínas perfeitas de outros musicais.

Além disso, a experiência visual de Guerreiras do K-Pop é considerada uma das mais modernas do ano. A animação usa referências de videoclipes coreanos, dramas televisivos e até coreografias de shows. O filme se beneficia de uma energia dinâmica que mantém o ritmo sem folga, enquanto Wicked carrega o peso de décadas de expectativas e de sua própria herança no teatro musical.

A narrativa também chama atenção. Embora pareça simples na superfície, Guerreiras do K-Pop apresenta reflexões sobre comunidade, amizade, resiliência e identidade. É uma história sobre jovens artistas que precisam conciliar a vida no palco com ameaças sobrenaturais, criando um equilíbrio único entre fantasia, ação e cultura pop. Já Wicked: Parte 2 segue uma linha mais clássica, centrada na construção de mitos e no confronto entre percepção pública e verdade.

Com esse cenário, Guerreiras do K-Pop acaba sendo apontado como o musical mais elogiado do ano. A combinação entre estética moderna, personagens reais, música original e forte representação cultural fez o título ultrapassar Wicked: Parte 2 no coração da crítica. Enquanto a saga de Oz se mantém como fenômeno global, o favoritismo entre os especialistas ficou claramente do lado do fenômeno coreano da Netflix.