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O Amor Dá Voltas estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (22), mas não há nada na trama que a torne inesquecível
Nesta quinta-feira (22), estreia nos cinemas O Amor Dá Voltas, nova comédia romântica nacional estrelada por Cleo, Igor Angelkorte e Juliana Didone. Dirigida por Marcos Bernstein, a história de amor é mais uma comédia romântica que se agarra aos clichês, mas que ainda assim consegue trazer uma dose de comédia bem aplicada.
A trama segue a história de André (Angelkorte), jovem médico que, ao retornar ao Brasil depois de mais de um ano cuidando de doentes e feridos em um acampamento da Médicos Sem Fronteiras na África, descobre que havia trocado cartas de amor não com sua namorada, Beta (Juliana), mas sim com a irmã dela, Dani (Cleo). Enquanto passam por encontros e desencontros amorosos, eles tentam esclarecer o mal-entendido e buscar novos caminhos para suas vidas.
O roteiro é mais um exemplo já visto muitas vezes na história do cinema: confusão entre os apaixonados, casais machucados, uma paixão escondida e a revelação de segredos que levam o tal casal a ser feliz no final. Uma única diferença que dá à história um novo sentido é a revelação antecipada do segredo das cartas, que transporta André e Dani para uma jornada de descobrimento do amor que sentem um pelo outro.
Apesar de ser uma comédia romântica, a trama é até que madura. Não há dramas exagerados pelas paixões demonstradas; na verdade, os personagens mostram muita compreensão com os sentimentos uns dos outros. Inclusive na relação de Beta com o fato de a irmã nutrir um amor pelo ex-namorado –ela quase nem se importa com isso.
Os diálogos são confortáveis, com pequenas falas e momentos engraçados que dão o tom da comédia. Porém, há momentos em que o filme realmente beira o tédio e pode ser que o enredo se torne totalmente esquecível daqui a um tempo.
A química dos protagonistas, porém, é elogiável. Igor Angelkorte e Cleo entraram bem na pele de André e Dani, com uma paixão de fazer suspirar. Ainda assim, não há nada de excepcional e surpreendente em O Amor Dá Voltas que o transforme em um filme digno de premiações.
Pode ser, porém, que essa sequer fosse a pretensão do diretor e do roteirista ao criarem o longa-metragem. Se a ideia era mesmo fazer um filme que atingisse a média, o objetivo foi cumprido com maestria. Mas provavelmente, muito em breve, O Amor Dá Voltas já vai estar coroando a Sessão da Tarde da Globo, tornando-se mais um entre tantos outros.
Giulianna Muneratto
Jornalista pela Faculdade Cásper Líbero. Adora um filme clichê, música pop e sonhava em ser cantora de cruzeiro, mas não tem talento pra isso.
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