O clássico adolescente ‘proibido’ que revelou Emma Stone faz 15 anos

A Mentira completa 15 anos nesta quarta-feira (17). O longa lançado em 2010 transformou Emma Stone em estrela de Hollywood e se tornou um marco dentro das comédias adolescentes. Mas o filme, que está disponível na HBO Max, também gerou debates na época por causa de sua classificação indicativa e pelo modo como abordava temas considerados “sensíveis” para um público jovem.

Com o título original Easy A, a produção recebeu o selo PG-13 nos Estados Unidos. Ainda assim, o filme aborda abertamente sobre sexualidade, virgindade e reputação escolar — assuntos que, para muitos pais, não são adequados para adolescentes. O resultado foi um burburinho que ajudou o longa a ser visto como ousado para o gênero.

A trama acompanha Olive (Emma Stone), uma estudante que inventa ter perdido a virgindade para ajudar um amigo. O boato, no entanto, se espalha rapidamente pela escola e transforma a jovem em alvo de julgamentos e fofocas, ao mesmo tempo em que lhe dá uma popularidade inesperada.

Emma Stone virou referência em Hollywood

A narrativa foi comparada ao clássico literário A Letra Escarlate, de Nathaniel Hawthorne, que discute adultério e estigma social. A referência trouxe um peso extra à comédia teen, que não se limitava ao humor, mas também fazia comentários sobre moralidade e hipocrisia.

Por essa ligação com a obra, o filme ganhou uma aura de “escândalo literário”, um contraste curioso dentro de um gênero geralmente associado a piadas leves e romances colegiais. Isso reforçou a percepção de que A Mentira era, de certa forma, um “filme proibido” para adolescentes.

Mesmo com as críticas, o longa se destacou por sua inteligência e pelo carisma de Emma Stone. A atriz, até então conhecida por papéis coadjuvantes, roubou a cena e consolidou sua carreira. O sucesso abriu caminho para que ela assumisse papéis maiores em Hollywood nos anos seguintes.

Hoje, Easy A é lembrado como um dos últimos grandes clássicos da comédia teen. O filme não só revelou Emma Stone, mas também mostrou que produções adolescentes podiam ir além dos clichês, abordando temas incômodos com humor e personalidade.