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Imagem do anime One Piece

Divulgação/Toei Animation

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Os cinco melhores filmes de One Piece no streaming

Além do anime e seus mais de mil episódios, One Piece tem histórias mais contidas. Veja as melhores para curtir nos serviços disponíveis no Brasil

Caio “Nomichi” Lemos
Caio “Nomichi” Lemos

One Piece é um dos animes mais famosos da atualidade, e no Brasil essa popularidade cresceu com a versão dublada em português dos arcos iniciais do anime no catálogo da Netflix. Além disso, alguns dos principais filmes da franquia também ganharam dublagem e estão disponíveis no catálogo de algumas plataformas de streaming, como a própria Netflix e a HBO Max. Para aqueles que estão embarcando agora nessa grande aventura, a Tangerina está aqui para te indicar quais são os melhores.

One Piece é um anime produzido pelo estúdio Toei Animation desde 1999 e que conta com mais de mil episódios. A série, que adapta o mangá shounen homônimo ilustrado e escrito pelo autor Eiichiro Oda, conta a história do pirata novato Monkey D. Luffy em busca do tesouro conhecido como One Piece, o qual foi deixado em uma ilha sem localização exata pelo antigo Rei dos Piratas Gol D. Roger. 

A trama, composta por momentos épicos protagonizados por Luffy e seus fiéis companheiros, conhecidos como bando do Chapéu de Palha, desenrola-se em um período conhecido como Era dos Piratas, na qual inúmeras tripulações correm contra o tempo para encontrar o One Piece e assumir o título de Rei dos Piratas, aposentado após a morte de Gol D. Roger. Prestes a completar 25 anos de existência, One Piece recebeu mais de dez filmes. 

Essa lista vai incluir apenas filmes, e será constantemente atualizada, à medida que novos filmes entrarem ou saírem do serviço.

One Piece: Flor do Inverno, Milagre da Cerejeira

Cartaz de One Piece: Flor do Inverno, Milagre da Cerejeira

One Piece: Flor do Inverno, Milagre da Cerejeira reconta arco do anime original

Divulgação/Toei Animation

One Piece: Flor do Inverno, Milagre da Cerejeira (2008) é o nono filme de One Piece e não tem uma história original, assim como boa parte dos longas da franquia. A obra reconta a trama do arco Ilha de Drum, sobre a história de como o personagem Tony Tony Chopper conhece o bando do Chapéu de Palha e se torna médico dessa tripulação pirata chefiada por Monkey D. Luffy.

A história começa quando Nami, navegadora do bando do Chapéu de Palha, adoece de repente e precisa urgentemente de um médico. O destino mais próximo é a pequena ilha de inverno chamada Drum. Lá, eles conhecem Tony Tony Chopper e sua mestra, a doutora Kureha, que atuam como médicos em segredo. Por meio desses personagens, o bando do Chapéu de Palha descobre que o local é controlado pelo pirata Wapol, responsável por sequestrar todos os médicos da ilha e monopolizar os seus serviços, instaurando sofrimento entre os moradores de Drum. Indignado com a situação, Luffy resolve pôr um fim no reinado de terror de Wapol.

Com direção de Junji Shimizu, One Piece: Flor do Inverno, Milagre da Cerejeira apresenta uma trama bastante dramática de aceitação. O personagem Tony Tony Chopper é uma rena de nariz azul rejeitada pela família por possuir um nariz de cor diferente do vermelho. Com o tempo, o solitário Chopper acabou comendo a Fruta do Humano (Hito Hito no Mi), a qual lhe concedeu a habilidade de falar e se tornar um ser humanoide. No entanto, devido a esse poder, o personagem é confundido com um monstro e novamente é rejeitado, dessa vez pelos seres humanos. A catarse dramática do filme é imensa e fisga o telespectador do início ao fim, com forte possibilidade de o levar às lágrimas com belíssima conclusão do longa e o passado de Chopper, onde o personagem em uma dolorosa jornada em busca por aceitação finalmente encontra amor.

  • Leva que tá doce: One Piece: Flor do Inverno, Milagre da Cerejeira é sensível e emocionante, além de abordar questões complexas de maneira lúdica através de metáforas. O drama é bem construído e a história de Tony Tony Chopper é desenvolvida de maneira com que o telespectador se sinta envolvido pelos acontecimentos. O filme é bem útil para quem quer relembrar os acontecimentos desse arco específico.
  • Dois pelo preço de um: Apesar de não ser uma trama que envolve amor romântico, One Piece: Flor do Inverno, Milagre da Cerejeira pode ser o filme ideal para os fãs de A Bela e a Fera, considerando a história de rejeição de Chopper por ser uma rena humanoide confundida com um monstro perigoso e, por fim, a aceitação de Chopper como uma figura não-monstruosa por parte dos humanos da sua ilha após ele ajudá-los.
  • Presta atenção, freguesia: Os designs dos personagens desenvolvidos pelo animador Naoki Tate, discípulo por breve período do renomado diretor Mamoru Hosoda, trouxeram beleza para o visual do longa e permitiram que os animadores pudessem animar de maneira confortável devido a grande funcionalidade desses designs criados especialmente para o filme.

Onde ver: Netflix

One Piece: Strong World

Cena de One Piece: Strong World

One Piece: Strong World leva piratas de volta a primeiro cenário do anime

Divulgação/Toei Animation

Após fugir da prisão mais vigiada do mundo, o renomado pirata Shiki, Leão Dourado, resolve destruir o East Blue, terra natal do seu maior algoz, Gol D. Roger. No entanto, o caminho de Shiki cruza com o de Luffy e, após notar o talento da navegadora Nami, Shiki resolve sequestrá-la para reforçar o seu bando pirata. Com o objetivo de resgatar sua companheira e evitar a destruição do East Blue, Luffy e seus amigos vão para um arquipélago flutuante, utilizado como quartel general de Shiki, onde feras fantásticas e extremamente perigosas habitam.

One Piece: Strong World (2009) entrega uma aventura interessante com a exploração das ilhas que compõem o arquipélago flutuante e a descoberta de criaturas cada vez mais bizarras. A interação entre os personagens do bando do Chapéu de Palha traz leveza e diversão. A história do filme consegue chamar a atenção de qualquer fã da franquia, especialmente por Shiki ser uma lenda no universo de One Piece que nunca teve qualquer desenvolvimento no mangá além de breves citações.

A produção dirigida por Munehisa Sakai tem boas cenas de ação, momentos extravagantes protagonizados pelo bando do Chapéu de Palha e uma conclusão épica para o embate entre Luffy e Shiki. A subtrama envolvendo a destruição do East Blue do início ao fim serve como ponto de sustento do enredo, tanto no momento inicial, em que Luffy resolve retornar ao East Blue sem nem mesmo saber quem era responsável pelos trágicos acontecimentos na região, quanto no final, quando Nami resolve arriscar a própria vida.

  • Leva que tá doce: One Piece: Strong World apresenta a história de um lendário pirata do mundo de One Piece e insere Luffy em um contexto quase que apocalíptico envolvendo a possível destruição da sua terra natal. É bom ver a preocupação e empatia do protagonista com o local onde nasceu e foi criado, além do desenvolvido dos fortes laços do bando do Chapéu de Palha enquanto vão ao resgate de Nami. As lutas entre Luffy e Shiki são extremamente empolgantes e consegue explorar boa parte do potencial dos personagens.
  • Dois pelo preço de um: One Piece: Strong World é o filme ideal para os fãs de Animais Fantásticos, especialmente por apresentar uma trama que envolve animais fantásticos que passaram por um processo de evolução forçada, concedendo-lhes habilidades únicas de acordo com os locais que habitam. Luffy e os seus companheiros interagem todo o filme com essas feras.
  • Presta atenção, freguesia: O empenho em desenvolver designs únicos e, de certo modo, bizarros para várias criaturas presentes em One Piece: Strong World chama atenção e torna toda a ambientação do longa ainda mais interessante.

Onde ver: Netflix

One Piece: Z

One Piece: Z

One Piece: Z se destaca pelas cenas de luta

Divulgação/Toei Animation

One Piece: Z (2012) é o primeiro filme após Luffy e sua tripulação finalmente chegarem no Novo Mundo, mar onde o One Piece está escondido. No entanto, nem tudo são flores, já que o Novo Mundo corre risco de ser destruído por um ex-almirante da marinha chamado Zephyr (ou apenas Z), que espera por fim a Era dos Piratas com a destruição em massa do mar onde está o One Piece. Para evitar esse evento catastrófico, que também irá ceifar a vida de milhares de inocentes, o bando do Chapéu de Palha se mobiliza para enfrentar Z e o grupo chamado Nova Marinha.

Os almirantes sempre foram figuras de bastante respeito dentro do universo de One Piece, principalmente porque são a maior força da Marinha. Luffy e seu bando já passaram por muitos problemas nas mãos dos almirantes no passado, então ver Luffy finalmente enfrentando seriamente um personagem ligado a esse grupo é empolgante e animador. O filme é composto por sequências de ação extravagantes e muito bem animadas. Os combates apresentados com o decorrer do longa são muito bem coreografados e dirigidos, o que não surpreende, visto que o filme foi dirigido por Tatsuya Nagamine, um diretor especialista em ação que no futuro viria a dirigir Dragon Ball Super e o filme Dragon Ball Super: Broly.

O filme não entrega apenas uma boa ação, mas também é composto por ótimos momentos de comédia. Além disso, em determinado momento do longa, alguns personagens do bando do Chapéu de Palha são transformados em crianças, e esse acontecimento faz com que esses personagens fiquem bastante fofos, especialmente pela forma como interagem com os outros personagens e o ambiente ao redor. No geral, é um filme que equilibra muito bem toda energia da ação com o divertimento e leveza dos momentos de comédia.

  • Leva que tá doce: One Piece: Z é outro filme da franquia One Piece que acerta ao desenvolver um ou mais personagens canônicos que não tiveram tanto espaço no mangá/anime. A luta final entre Luffy e Z é realmente empolgante e, principalmente, emocionante por causa do seu desfecho. A ideia de senso de justiça é algo que faz parte da trama e é debatida em alguns momentos do filme.
  • Dois pelo preço de um: One Piece: Z é o filme ideal para os fãs de Dragon Ball Super, pois o diretor do filme, como citado anteriormente, é o mesmo da série mais recente da franquia Dragon Ball, então os fãs poderão encontrar cenas de ação com coreografias semelhantes e certamente serão imersos nos bons combates do longa.
  • Presta atenção, freguesia: O filme se aproveita do uso de computação gráfica para criar cenas de ação extremamente dinâmicas e interessantes sem tirar o brilho da animação 2D ou causar estranheza para o telespectador.

Onde ver: Netflix

One Piece Gold: O Filme

Cartaz do filme One Piece Gold

One Piece Gold leva piratas a uma ilha de cassinos

Divulgação/Toei Animation

Em busca de diversão, o bando do Chapéu de Palha vai até Gran Tesoro, uma ilha artificial conhecida como capital do entretenimento devido aos cassinos da região. Luffy e seus amigos são recebidos como verdadeiras celebridades, considerando que no momento atual o bando do Chapéu de Palha é procurado no mundo inteiro. Após se divertirem em várias atrações, Luffy e seus companheiros caem numa conspiração organizada por Gild Tesoro, dono da ilha Gran Tesoro, que prende Zoro, um dos integrantes do bando do Chapéu de Palha, e afirma que irá executá-lo caso Luffy não pague um determinado valor milionário apostado em um jogo. Nisso, o bando do Chapéu de Palha resolve roubar os tesouros de Gild, os quais equivalem a 20% de todo dinheiro existente no mundo, para usar como moeda de troca para salvar Zoro.

De maneira inesperada, One Piece Gold: O Filme (2016) aprofunda o passado da personagem Nami e apresenta uma companheira da sua época de ladra. Mesmo que de maneira não canônica, o longa consegue dar mais camadas para Nami ao mostrar mais do seu passado. Outro personagem que se destaca no filme é o vilão Gild Tesoro, que, assim como o antagonista Z no filme One Piece Z, tem um passado que justifica suas ações e escolhas. É sempre uma escolha inteligente humanizar os vilões dos filmes, pois isso é um feito que funciona muito bem com os vilões canônicos do mangá/anime de One Piece. Além do mais, a forma sutil da apresentação do passado de Gild engrandece a narrativa.

Apesar de ter sim momentos de ação e uma luta interessante entre Luffy e Gild no final, a ação em si não é o foco do filme. O longa busca dar mais atenção na consolidação do ambiente onde os personagens estão, fazendo-os participar dos eventos que estão acontecendo na ilha. Existe também grande destaque para a subtrama envolvendo o roubo do tesouro de Gild. Um fato bacana é que One Piece Gold: O Filme também busca aprofundar um conceito que, naquela altura, havia sido apresentado há pouco tempo no anime para TV: o despertar dos poderes de um usuário de Akuma no Mi. Por ser um usuário despertado, Gild oferece um nível de perigo ainda maior para Luffy, pois, para enfrentá-lo, é necessário muito mais que apenas força bruta.

  • Leva que tá doce: One Piece Gold: O Filme aproveita bem a temática de cassinos para criar uma ambientação divertida. A trama é direta e linear, mas consegue se manter interessante devido aos desafios e reviravoltas que surgem com o decorrer do filme. O filme é divertido e trabalha bem a sua subtrama. Uma pauta com relação a direitos humanos também é levantada com o decorrer da trama e acaba sendo um dos pontos substâncias de sustento da trama principal.
  • Dois pelo preço de um: One Piece Gold: O Filme pode ser ideal para aqueles que são fãs dos filmes da franquia 007. O longa é recheado com referências ao mundo da espionagem e possui muitas sequências que criam uma vibe perfeita para aqueles que curtem filmes de espiões que precisam por a mão na massa e acabam se envolvendo em situações que exigem ação por parte deles.
  • Presta atenção, freguesia: A forma como o filme humaniza o vilão e torna justificável suas atitudes sem precisar de artifícios expositivos é interessante e reforça a boa direção de Hiroaki Miyamoto diante da longa-produção.

Onde ver: HBO Max, YouTube e Google Play Filmes

One Piece: Stampede

Cartaz de One Piece: Stampede

One Piece: Stampede reúne personagens de toda a saga em torneio

Divulgação/Toei Animation

One Piece: Stampede (2019) é o filme mais recente da franquia e também o mais impressionante quando falamos de maneira técnica sobre animação. A trama conta a história de Douglas Bullet, um ex-integrante da antiga tripulação do Rei dos Piratas, que deseja se tornar o homem mais forte do mundo e para isso organiza um festival pirata que reúne os principais e mais icônicos personagens de toda franquia One Piece, inclusive o bando do Chapéu de Palha.

O filme é uma grande comemoração aos 20 anos do anime, então a narrativa simples é secundária diante de todo fanservice que One Piece: Stampede busca entregar em 90 minutos de pura ação com vários personagens queridinhos do público batalhando entre si em confrontos há muito tempo idealizados pelos fãs. A animação do filme consegue acompanhar toda a ação presente na trama da melhor forma possível, então não seria exagero afirmar que o filme tem as mais impressionantes sequências animadas de combate de todos os filmes até então lançados.

One Piece: Stampede tem mais de cem personagens e boa parte deles consegue algum tipo de destaque. É complicado fazer um filme com tantos personagens, especialmente porque é difícil fazer com que cada um tenha o seu momento, mas mesmo que, de fato, alguns personagens tenham tido uma atuação mais tímida, ao menos conseguiram ter algum tipo de destaque.

  • Leva que tá doce: One Piece: Stampede apresenta uma trama diretamente interligada ao Rei dos Piratas e revela de maneira canônica o verdadeiro nome da ilha final onde está o One Piece. Lotado de sequências fantásticas de ação, o filme apresenta um vilão quase invencível que demonstra todo seu poder através de alguns artifícios de roteiro que servem para engrandecer a sua força..
  • Dois pelo preço de um: One Piece: Stampede pode ser ideal para aqueles que são fãs de Vingadores: Guerra Infinita, pois o filme reúne todos os principais personagens do universo de One Piece que juntos enfrentam um vilão praticamente imbatível, o qual pretende iniciar uma era de terror no mundo através da sua força e filosofia de vida.
  • Presta atenção, freguesia: O filme conseguiu apresentar uma das sequências de ação mais impressionantes de toda franquia One Piece, com vários personagens diferentes, com tamanhos variados e poderes extravagantes lutando de maneira impressionante e frenética sem deixar a qualidade da animação decair em momento algum.

Onde ver: HBO Max

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QUEM FEZ
Caio “Nomichi” Lemos

Caio “Nomichi” Lemos

Caio “Nomichi” Lemos é designer de animação e pesquisador com foco em animação japonesa. Apaixonado por animação, cinema, literatura e animangás, tem um podcast de crítica chamado MichiCast e é criador da Sakuga Brasil.

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