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David Arquette em Pânico 4

Divulgação/The Weinstein Company

DAVID ARQUETTE

Pânico 2: Xerife Dewey seria assassino em final ‘engana bobo’; entenda

Kevin Williamson criou dois roteiros falsos para enganar a imprensa e assegurar que continuação traria surpresas para os fãs

Luciano Guaraldo

Um dos personagens mais queridos da franquia Pânico, Dewey Riley (David Arquette) quase se tornou um dos mais odiados. O xerife foi escolhido como um dos assassinos do segundo filme da saga –mas apenas em um roteiro falso, escrito por Kevin Williamson para enganar a imprensa que queria saber tudo sobre a continuação. “O texto era ridículo, se você pensar”, admitiu o roteirista.

Em uma conversa com o The Hollywood Reporter para celebrar os 25 anos do lançamento de Pânico 2 (1997), Williamson lembrou que o processo da continuação foi muito acelerado: o primeiro filme foi lançado em 20 de dezembro de 1996 e fez tanto sucesso que, menos de um ano depois, o segundo já estava nos cinemas. “Quando eu vendi o primeiro roteiro, já tinha anexado ideias para uma sequência”, lembrou ele.

O que ninguém esperava é que Pânico seria um fenômeno tão grande que todo mundo buscaria informações sobre a segunda parte. Para despistar jornalistas, Kevin Williamson começou a vazar roteiros falsos ao mesmo tempo em que escrevia o verdadeiro. “Nós sabíamos que seria impossível esconder, todo mundo estava interessado. Na escalação do elenco, mandávamos o roteiro para os atores sem as últimas 75 páginas!”, contou.

“E aí Wes [Craven, diretor] queria que os atores fossem pessoalmente até a sala dele para ler o roteiro completo antes de fazer os testes. “Nós sabíamos que as pessoas iam começar a falar. Então eu escrevi um roteiro falso e nós vazamos. E aí depois um segundo roteiro falso vazou também, mas menos pessoas deram atenção. E aí o verdadeiro vazou, mas ninguém se importava mais.”

No primeiro roteiro falso, o assassino seria Dewey, com a ajuda de outro personagem. No fim das contas, a verdadeira culpada era Debbie Salt (Laurie Metcalf), cuja verdadeira identidade era Nancy Loomis, mãe de um dos assassinos do longa original. Ela tinha a ajuda de Mickey Altieri (Timothy Olyphant), um apaixonado por filmes de terror.

“Enquanto eu pensava no roteiro, cogitei vários nomes. Mas depois que coloquei no papel, acabou. E foi aí que percebemos que seria necessário proteger essa ideia. Por isso, escrevemos um roteiro falso em que Dewey matava as pessoas com a ajuda de outra pessoa. Esses roteiros eram ridículos, se você pensar a respeito, mas nós queríamos deixar o filme divertido. Queríamos nos certificar de que o público teria surpresas, porque um filme desses depende de suas reviravoltas”, justificou o roteirista.

Mais de 25 anos depois de sua estreia, a franquia Pânico segue bem viva –e mais forte do que nunca. O sexto filme da saga de terror –e o primeiro sem Neve Campbell como protagonista–, tem lançamento marcado para 10 de março do ano que vem nos Estados Unidos. A produção é tão corrida quanto a do segundo longa, já que Pânico 5 estreou em janeiro deste ano.

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Luciano Guaraldo

Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.

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