Divulgação/BBC
Série retorna com episódios inéditos, nesta sexta-feira (10), na Netflix. Após dois anos de hiato, é preciso relembrar os principais momentos da trama
Depois de quase dois anos de hiato, Peaky Blinders retorna à Netflix com episódios inéditos. Nesta sexta-feira (10), estreia a sexta e última temporada da série. Programado para ir ao ar originalmente em 2021, o ano derradeiro da produção britânica que se tornou hit mundial no streaming chega para colocar Tommy Shelby (Cillian Murphy) e seus aliados no caminho para o fim.
Assim como muitas séries ao redor do mundo, Peaky Blinders foi afetada pela pandemia de Covid-19 e teve suas gravações adiadas em vários meses. As complicações do novo ano tornaram-se ainda maiores com a morte de Helen McCrory (1968-2021), intérprete de Polly Gray, uma das principais personagens da atração.
Como se a crise sanitária não fosse problema o bastante, o hiato prolongado entre uma temporada e outra sempre interfere na memória do público com relação a eventos passados. Afinal, a quinta temporada estreou mundialmente em setembro de 2020. Por isso, são muitos os fãs que não se lembram do que aconteceu nos eventos eletrizantes que marcaram os momentos finais da família Shelby nos últimos episódios.
Abaixo, a Tangerina lista tudo o que você precisa lembrar sobre o quinto ano para assistir à sexta temporada sem grandes problemas:
A quinta temporada de Peaky Blinders começa em um dos momentos mais obscuros do século 20. A quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, destruiu fortunas e levou ex-milionários ao fundo do poço. Na trama da série, maus negócios feitos por Michael Gray (Finn Cole), primo de Tommy, levam o líder da família Shelby a temer por seu império.
Enquanto Tommy assegura que eles tenham uma fonte secundária de renda —fazendo trabalho sujo para um alto funcionário do governo— há um desacordo geral na família sobre o que fazer a seguir. Michael, em particular, após encontrar independência nos EUA, resolveu tocar os próprios negócios.
A independência do primo e a insistência em fazer acordos com rivais da família Shelby aumentam a tensão entre Tommy e Michael. Mais neurótico do que nunca, o líder dos Peaky Blinders acredita que o filho de Polly trabalha nos bastidores para arrancar o poder de suas mãos.
Uma das maiores questões exploradas durante a quinta temporada é se Tommy está (ou não) começando a perder o controle da sanidade. O exemplo mais proeminente disso são suas visões frequentes de Grace (Annabelle Wallis), sua mulher morta, tanto quando ele está sóbrio quanto sob influência de ópio e uísque.
A inconstância do patriarca faz com que familiares e inimigos tentem se aproveitar do momento para acabar com o poder de Tommy. Isto porque Arthur (Paul Anderson), seu irmão mais velho e principal aliado, mal consegue conviver com a própria existência após sua mulher, Linda (Kate Phillips), traí-lo e eventualmente abandoná-lo.
Enquanto tenta montar uma rota para o uísque na Irlanda, Michael se depara com os Billy Boys, uma gangue escocesa com influência em Belfast, na Irlanda do Norte. Eles logo vêm atrás dos Peaky Blinders, matando o filho de Aberama Gold (Aidan Gillen) no processo, com a intenção de destronar Tommy e assumir o negócio dos Shelby.
Um informante do IRA (Exército Republicano Irlandês) avisa Tommy de que Michael negociou com os Billy Boys sem que ele soubesse, o que significaria traição. O patriarca decide não ir atrás do primo e priorizar os negócios.
Revoltado com a morte do filho, Aberama parte para a Escócia em busca de retaliação. Com o auxílio de Arthur, ele mata vários integrantes dos Billy Boys e quase começa uma guerra. No entanto, o conflito é colocado em segundo plano após Tommy firmar um acordo com o líder da gangue, Jimmy McCavern (Brian Gleeson), para o tráfico de uísque.
Assim como em todas as temporadas da série, os Peaky Blinders enfrentam um grande antagonista que ameaça derrubar o poder da família. Desta vez, o mal encarnado surge na pele de Oswald Mosley (Sam Clafin), figura histórica que foi o líder da União Britânica dos Fascistas. A célula reunia os nacionalistas ingleses que, nos anos seguintes, apoiariam líderes populistas como Adolf Hitler (1889-1945).
Ciente da ameaça que Mosley representa, Tommy decide se aproximar do rival para orquestrar a sua queda antes que o nazismo tome conta do parlamento britânico. Aconselhado por Winston Churchill (Neil Maskell) para derrubar o fascista, o líder dos Peaky Blinders planeja com seus aliados o assassinato de Mosley.
Dado como morto no fim do quarto ano, depois de ser baleado na cabeça por Tommy, Alfie Solomons (Tom Hardy) reaparece vivo no último episódio da quinta temporada. Com uma cicatriz no rosto e cego de um olho, ele volta a se reunir com o antigo rival/aliado para bolar um plano que resulte na morte de Mosley.
Depois de falar brevemente sobre como descobriu que Alfie ainda estava vivo, Tommy pede a ele que o ajude a organizar um tumulto para encobrir os eventos mortais do próximo discurso público de Mosley. Ciente das crenças antissemitas do fascista, Alfie concorda e dá ao protagonista alguns de seus homens para ajudar na missão.
No último episódio, o plano de Tommy para assassinar Mosley dá errado quando Finn Shelby (Harry Kirton) entrega sem querer o esquema do irmão para um espião. Com isso, o sniper que atiraria contra o fascista acaba morto, e Aberama, que se aproximava de Jimmy McCavern para matá-lo, é esfaqueado até a morte.
Derrotado pela primeira vez desde a sua ascensão, Tommy reflete sobre o seu poder e acredita ter encontrado em Mosley o adversário que ele não pode derrotar. Nos instantes finais do quinto ano, ele se isola nos arredores de sua mansão e aponta a arma para a própria cabeça com a intenção de atirar.
Peaky Blinders - 6ª temporada
Assista ao trailer
André Zuliani
Repórter de séries e filmes. Viciado em cultura pop, acompanha o mundo do entretenimento desde 2013. Tem pós-graduação em Jornalismo Digital pela ESPM e foi redator do Omelete.
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