(Foto: Divulgação/Sony Pictures)
Mesmo com a bilheteria razoável, Pixels entrou para a lista dos piores filmes da década, sendo lembrado mais pelas piadas ruins
Em 2015, Pixels parecia ter tudo para dar certo. O filme reunia Adam Sandler, Kevin James e Peter Dinklage em uma aventura nostálgica que misturava comédia, ficção científica e os maiores ícones dos videogames. Pac-Man, Donkey Kong e Space Invaders voltavam à tela grande como armas alienígenas em uma guerra contra a Terra. No papel, a ideia era irresistível. Mas o resultado foi um verdadeiro colapso.
Com um orçamento de US$ 88 milhões (R$ 477 milhões), a produção estreou em julho de 2015 cercada de expectativas e efeitos visuais grandiosos. A Sony via em Pixels uma nova chance de transformar a nostalgia gamer em bilheteria — o que, por um breve momento, até pareceu funcionar. O longa arrecadou US$ 244 milhões (R$ 1,3 bilhão) mundialmente, impulsionado pelo público internacional. Mas o número não bastou para esconder o desastre crítico que viria a seguir.
No Rotten Tomatoes, Pixels amarga míseros 18% de aprovação entre os críticos. A avaliação dos espectadores, de 46%, não ajudou muito. As principais reclamações apontavam o roteiro preguiçoso, piadas ultrapassadas e uma tentativa forçada de misturar ação com humor. Para muitos, o filme representou o auge do desgaste da fórmula de Adam Sandler, que já vinha acumulando críticas negativas em produções anteriores.
A trama gira em torno de Sam Brenner (Adam Sandler), um ex-campeão de fliperama que precisa salvar o planeta quando alienígenas interpretam jogos clássicos como uma declaração de guerra. Ele se une ao presidente dos Estados Unidos (Kevin James) e à especialista militar Violet (Michelle Monaghan) para enfrentar as criaturas pixeladas. O conceito até tinha charme, mas a execução beirava o constrangimento.
Mesmo com a bilheteria razoável, Pixels entrou para a lista dos piores filmes da década, sendo lembrado mais pelas piadas ruins do que pelos efeitos visuais. O longa acabou se tornando um símbolo de como a nostalgia pode ser mal utilizada — um caso clássico de ideia promissora arruinada por um roteiro sem graça e sem ritmo.
Uma década depois, o público revisita Pixels mais por curiosidade do que por carinho. O filme ganhou fama de “culpado prazer” entre alguns fãs, mas segue como um dos pontos mais baixos da carreira de Adam Sandler. Para um ator que reconquistou o respeito da crítica com Joias Brutas e Arremessando Alto, essa é uma lembrança que ele provavelmente preferiria deletar do histórico.
Dez anos se passaram, e Pixels continua sendo o lembrete de que nem toda nostalgia funciona. Às vezes, o game over chega antes do bônus stage. O filme de 2015 está disponível na HBO Max. Assista abaixo ao trailer:
Victor Cierro
Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.
Ver mais conteúdos de Victor CierroTangerina é um lugar aberto para troca de ideias. Por isso, pra gente é super importante que os comentários sejam respeitosos. Comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, com palavrões, que incitam a violência, discurso de ódio ou contenham links vão ser deletados.
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