Divulgação/DC Studios
A sensibilidade já virou marca registrada do diretor, provando que a empatia é um superpoder tão importante quanto qualquer habilidade
Superman marca o início do novo universo cinematográfico da DC, mas também carrega a identidade que James Gunn consolidou durante seus anos na Marvel. O longa-metragem estrelado por David Corenswet não só apresenta uma abordagem humanizada do herói como também resgata um dos temas mais sensíveis do cineasta: a relação entre humanos e animais.
Em Guardiões da Galáxia Vol. 3 (2023), Rocket Racoon ganhou o centro da trama e serviu como símbolo da crueldade e da compaixão humanas. A despedida de Gunn da Marvel foi marcada por uma crítica social poderosa sobre maus-tratos e experimentos em animais. Já em sua estreia na DC, ele manteve o mesmo olhar sensível ao dar protagonismo ao cachorro Krypto, parceiro inseparável do Superman.
Krypto vai além de um alívio cômico ou mascote. No novo filme, ele participa ativamente das batalhas, demonstra afeto verdadeiro por Clark Kent e ajuda a transmitir o lado mais emocional do personagem. A relação entre os dois reforça o conceito de lealdade e companheirismo que atravessa o filme inteiro.
Em uma das cenas mais marcantes, Metrópolis entra em colapso e precisa ser evacuada às pressas. Ao invés de focar apenas na destruição e no desespero, James Gunn opta por mostrar diversas pessoas salvando seus animais de estimação. O momento reforça como até em um mundo de super-heróis, a ligação entre humanos e bichos continua essencial e emocionalmente poderosa.
Essa sensibilidade já virou marca registrada do diretor. Ao trazer os animais para o centro da narrativa, Gunn prova que a empatia é um superpoder tão importante quanto qualquer raio de calor ou força sobre-humana. Em Superman, o amor e o respeito pelos animais fazem parte do DNA do herói — e do próprio universo que começa a ser construído.
A trilha sonora também merece destaque. O tema do filme é poderoso e marcante, capaz de emocionar até os mais céticos. Ao fim da sessão, é difícil não sair do cinema cantarolando a melodia, o que os fãs de Guardiões da Galáxia já esperavam.
Victor Cierro
Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.
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