Divulgação/Twentieth Century Studios
Apesar da recepção negativa, o filme ganhou status de cult entre alguns fãs
Elektra (2005) mal chegou ao catálogo da Netflix no Brasil e já conquistou o público. O longa ocupa atualmente a segunda posição no Top 10 de filmes da plataforma, ficando atrás apenas de Meu Ano em Oxford. O curioso é que o sucesso não condiz com a recepção que a produção teve na época do lançamento. A adaptação dos quadrinhos foi detonada pela crítica e considerada um dos piores filmes baseados em heróis da Marvel.
Antes do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel) existir, o cinema já tentava levar personagens da Casa das Ideias para as telonas. Elektra surgiu como um derivado de Demolidor (2003), que também não foi bem recebido. Com a missão de transformar a heroína em protagonista, o longa acabou herdando as desconfianças do público e ainda recebeu avaliações piores do que o filme original.
Estrelado por Jennifer Garner, o longa amarga apenas 11% de aprovação no Rotten Tomatoes. A baixa nota se deve a um roteiro fraco, cenas de ação pouco inspiradas e uma narrativa que não empolgou nem fãs nem especialistas. Ainda assim, a atriz marcou época no papel e voltou a interpretá-lo quase 20 anos depois em Deadpool & Wolverine (2024).
O retorno de Garner no sucesso estrelado por Ryan Reynolds e Hugh Jackman pode ter reacendido a curiosidade de uma nova geração. Muitos assinantes da Netflix, especialmente os mais jovens, talvez nunca tenham visto Elektra e agora têm a oportunidade de conhecer a versão original da personagem.
Na trama de 2005, Elektra é uma assassina de aluguel altamente treinada que recebe a missão de eliminar um homem e sua filha. No entanto, ao descobrir a verdade sobre suas vítimas, ela se recusa a cumprir a ordem e passa a protegê-los, enfrentando poderosos inimigos no processo.
Apesar da recepção negativa, o filme ganhou status de cult entre alguns fãs. Parte do público defende que Elektra é uma produção subestimada, que merece ser revista com um olhar menos exigente e mais nostálgico, especialmente para quem acompanhou o cinema de super-heróis nos anos 2000.
Seja por nostalgia, curiosidade ou simples busca por entretenimento, Elektra prova que o público brasileiro da Netflix não se deixa guiar apenas pelas críticas. O sucesso repentino mostra que, quando um filme desperta interesse, até mesmo as piores notas no Rotten Tomatoes não impedem sua escalada no Top 10.
Victor Cierro
Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.
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