Sucesso de Wicked: Parte 2 pode redefinir o gênero musical

Wicked: Parte 2 está em cartaz nos cinemas com uma pressão diferente daquela da primeira parte. O novo capítulo da história de Elphaba (Cynthia Erivo) e Glinda (Ariana Grande) chega com a missão de provar que musicais ainda conseguem mobilizar grandes públicos no cinema. O desempenho financeiro do longa pode se tornar decisivo para o futuro das adaptações do gênero nos estúdios de Hollywood.

Nos últimos anos, musicais de grande orçamento perderam espaço nas salas com bilheterias abaixo do esperado. Muitos desses títulos migraram rapidamente para o streaming, no qual o custo de produção é mais fácil de diluir e o retorno depende menos do público presencial. Wicked: Parte 2 surge como um teste real para saber se há demanda suficiente para manter o gênero nas telonas com força.

A primeira parte da franquia surpreendeu o mercado ao alcançar US$ 758 milhões (R$ 4 bilhões) mundialmente, sendo US$ 474 milhões (R$ 2,5 bilhões) arrecadados nos Estados Unidos. O desempenho colocou o filme entre os maiores lançamentos de 2024 e mostrou que o apelo do universo de Oz segue forte mesmo longe da onda inicial do musical na Broadway.

A questão agora é saber se a continuação consegue repetir ou superar esse resultado em um cenário menos favorável. A bilheteria da Parte 2 será observada de perto por estúdios que avaliam novos projetos musicais e aguardam um sinal claro de que o público está disposto a pagar por experiências desse tipo nas salas de cinema.

Ariana Grande como Glinda em Wicked: Parte 2

(Foto: Divulgação/Universal Pictures)

Wicked: Parte 2 tem um grande peso

Caso o filme tenha um desempenho robusto, a indústria pode retomar apostas em musicais de grande escala. Essa virada pode reativar projetos que haviam sido colocados em pausa e estimular produções inéditas voltadas para o cinema e não apenas para plataformas digitais.

O filme é a conclusão da história de origem de Elphaba e Glinda na fantástica Terra de Oz. A trama acompanha a protagonista vivida por Cynthia Erivo tentando desmascarar as mentiras do Mágico (Jeff Goldblum). Já a personagem de Ariana Grande ascende como a face do bem, navegando pelas complexas escolhas que alteram para sempre sua amizade. O filme de Jon M. Chu aprofunda o drama emocional entre as duas protagonistas e fornece detalhes adicionais sobre o passado de personagens como o Espantalho e o Homem de Lata.

Se o resultado ficar aquém do ideal, o gênero pode continuar restrito a nichos, com mais lançamentos direcionados ao streaming e menos espaço para grandes campanhas globais. O impacto vai além da bilheteria imediata e pode influenciar a forma como estúdios planejam suas estratégias de longo prazo.

Wicked: Parte 2 não é apenas mais um blockbuster musical. O filme funciona como um termômetro para o futuro do gênero em Hollywood e pode definir se grandes musicais continuarão chegando às salas em escala global ou se a era de produções grandiosas desse tipo ficará para trás.

A continuação, no entanto, está com uma nota inferior ao do primeiro filme. Wicked: Parte Dois está com 70% de aprovação dos críticos no Rotten Tomatoes. A trama de 2024 alcançou 88% de nota no site especializado. Assista abaixo ao trailer do lançamento: