(Foto: Divulgação/DC Studios)
O filme estreia nos cinemas em 26 de junho, posicionada exatamente como a peça que pode redefinir a mitologia do maior herói da cultura pop
O próximo grande passo do DCU de James Gunn vem aí, e ele pode alterar de forma profunda a forma como o público enxerga o Superman. Depois da estreia do novo filme vivido por David Corenswet, será Supergirl quem vai assumir o centro do palco no cinema em 2026. A heroína interpretada por Milly Alcock chegará justamente para explorar as raízes da Casa de El, ampliando um ponto-chave que deixou fãs divididos: o polêmico retcon sobre o verdadeiro motivo que levou o super-herói à Terra.
Em Superman, lançado em 2025, foi revelado que Jor-El (Bradley Cooper) e Lara enviaram Kal-El (Angela Sarafyan) ao planeta não apenas para salvá-lo da destruição de Krypton, mas para que ele se tornasse o próximo líder e reconstruísse a civilização kryptoniana na Terra. Essa mensagem, exposta por Lex Luthor (Nicholas Hoult), levantou questionamentos sobre os valores da família El e abriu uma brecha narrativa que agora terá continuidade direta.
Em entrevista ao Nerdtropolis, David Krumholtz — que interpreta Zor-El, pai de Kara — afirmou que Supergirl será fiel ao arco dos quadrinhos Woman of Tomorrow, de Tom King e Bilquis Evely. Segundo ele, o filme vai se aprofundar no passado de Krypton e na própria estrutura política, emocional e familiar da Casa de El. Até o legado deixado por Jor-El passam a fazer parte da mesma conversa.
Krumholtz reforçou que o longa vai ajudar a “clarificar o que a Casa de El realmente representa”, abrindo espaço para revisitar a decisão tomada pelos pais de Kal-El e entender como ela afetou toda a família, inclusive Kara, que cresceu em um Krypton já condenado. Essa perspectiva muda o foco emocional da narrativa: em vez de apenas acompanhar uma nova heroína, o público verá as peças de um trauma familiar em escala planetária.
Outro ponto confirmado é a presença de Lobo, interpretado por Jason Momoa. O caçador intergaláctico entra na história como força de caos e confronto direto com Kara, ampliando o tom de jornada, violência e amadurecimento; três elementos centrais em Woman of Tomorrow. Além disso, o elenco conta com Emily Beecham como Alura In-Ze, Matthias Schoenaerts como Krem of the Yellow Hills e Eve Ridley como Ruthye Marye Knoll.
A direção é de Craig Gillespie (Eu, Tonya), com roteiro de Ana Nogueira. É a primeira vez desde 1984 que Supergirl ganha um filme solo nos cinemas, agora em um contexto muito mais sério, dramático e conectado a uma reconstrução maior da DC no audiovisual. Por isso, o impacto vai além da trajetória de Kara: ele pode influenciar diretamente o desenvolvimento de Superman nas próximas fases do DCU.
Supergirl estreia nos cinemas em 26 de junho de 2026, posicionada exatamente como a peça que pode redefinir a mitologia do maior herói da cultura pop. E, ao mesmo tempo, contestar tudo o que acreditávamos saber sobre sua origem.
Victor Cierro
Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.
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