Divulgação/ABC
Acostumado a papéis engraçados, Diedrich Bader precisou controlar seus instintos para fazer a voz de Mandroid em EarthSpark
Conhecido por seu trabalho em comédias como The Drew Carey Show (1995-2004) e Bela, Recatada e do Lar (2016-2021), além da animação Harley Quinn, o ator Diedrich Bader deu vazão ao seu lado mais sério e entrou no armário (literalmente) para interpretar Mandroid, o vilão de EarthSpark, nova animação da franquia Transformers.
Como as vozes da série foram gravadas no auge da pandemia de Covid-19, Diedrich Bader teve de encontrar um lugar quieto de sua casa para conseguir trabalhar. “Usei o guarda-roupa da minha mulher para fazer o meu teste. A ideia de ficar lá sozinho me parecia tão estranha. E mais estranho ainda foi o fato de que eu consegui um emprego de dentro do armário!”, contou ele durante painel de Transformers na New York Comic Con.
O ator admite que ficou chocado quando recebeu o convite dos produtores de EarthSpark para fazer a voz de Mandroid. “Eu nunca faço o vilão, sou sempre o alívio cômico”, desabafou. “E é uma série muito legal e tão bem escrita. Esperem para ver como a história se desenvolve, vai mudar a visão que vocês têm dos Transformers.”
A trama da nova animação se passa depois da Grande Guerra entre autobots e decepticons, período que já foi bastante explorado em outras produções da franquia. “Para a nossa história, queríamos algo diferente, único, mostrar como é a vida depois dessa batalha, com os cybertronianos dividindo o planeta Terra com os humanos”, explicou Ant Ward, produtor executivo, à Tangerina.
Ou seja: não espere ver mais uma vez um embate entre Optimus Prime e Megatron. O vilão, aliás, até pulou a cerca ao perceber que os autobots estavam do lado certo do conflito e agora é um dos mocinhos. E, apesar de a ficha de alguns decepticons ainda não ter caído, o malvadão da vez é bem humano. Ou tão humano quanto o nome Mandroid permite –Diedrich Bader não quis falar sobre a transformação de seu personagem em uma máquina.
“Em seu esforço para proteger o planeta, Mandroid mergulha fundo no mundo dos Transformers. Ele não tem um braço, mas eu não quero contar muito mais. Só acho interessante observar tudo que as pessoas estão dispostas a perder na luta por algo que amam. Mandroid vira justamente aquilo do qual tem tanto medo. Ele também se transforma de uma maneira inesperada”, provocou.
O vilão Mandroid, de Transformers: EarthSpark
Reprodução/Paramount+
Um ponto sobre o qual o ator quis falar bastante é que o cientista não se enxerga como o antagonista da história. “O que eu amo em Mandroid é que ele acha mesmo que está fazendo a coisa certa, que está do lado do bem e todos os outros estão errados. Ele acredita que os Transformers são maus e estão aqui para destruí-lo, enquanto ele deseja salvar a humanidade.”
A inspiração para desenvolver esse lado dúbio veio de outra franquia famosa, Tartarugas Ninja. “Meu filho uma vez estava vendo o desenho comigo e perguntou algo sobre o Destruidor. Eu disse que ele era o grande vilão, e meu filho respondeu: ‘Vilões e mocinhos só desejam coisas diferentes’. E ele tinha razão. Isso é bem divertido de interpretar.”
Diedrich contou à reportagem que sonhava em fazer parte da franquia já há algum tempo e lembrou de um bastidor curioso. “Eu trabalhei em Tá Dando Onda [2007] com Shia LaBeouf e ele disse que tinha sido escalado para o longa live-action de Transformers. E eu falei: ‘Ah, vão fazer um filme? Boa sorte com isso’. Achei que não tinha muita chance de dar certo (risos).”
A produção com Shia e Megan Fox, obviamente, superou todas as expectativas e arrecadou mais de US$ 700 milhões (R$ 3,6 bilhões, na cotação atual) apenas nos cinemas. Outros quatro filmes já foram lançados, além do spin-off Bumblebee (2018). O próximo longa, Transformers: O Despertar das Feras, tem estreia prevista para junho do ano que vem.
Já Transformers: EarthSpark chega ao Paramount+ no Brasil daqui a um mês, em 12 de novembro. Confira uma prévia (em inglês) da nova animação:
Luciano Guaraldo
Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.
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