FILMES E SÉRIES

Linda Cardellini como Velma em Scooby-Doo

Divulgação/Warner Bros.

JÁ ERA HORA!

Velma do cinema, Linda Cardellini aprova personagem fora do armário

Atriz comemorou revelação de que a nerd da turma de Scooby-Doo finalmente pôde se assumir, depois de censura em live-action

Luciano Guaraldo

Um novo desenho de Scooby-Doo revelou que Velma sente atração por outras mulheres, e a saída do armário da personagem foi celebrada pela atriz Linda Cardellini, que viveu a mocinha inteligente no cinema em dois filmes live-action. “Fico muito feliz que isso finalmente tenha acontecido!”, comemorou a artista.

Em conversa com a Entertainment Weekly para divulgar a terceira (e última) temporada de Disque Amiga para Matar, Linda Cardellini falou que o fato de Velma poder demonstrar seus sentimentos por outra mulher é algo a ser celebrado –já que a personagem não fez isso nos longas Scooby-Doo (2002) e Monstros à Solta (2004).

“A Velma existe desde 1969. No Halloween, eu fui pegar doces com minha filha e vi muita gente fantasiada como Velma, então adoro ver que ela ainda tem um lugar na cultura pop, apesar de estar por aí há décadas. E eu amo que… Você sabe, já deram algumas dicas sobre isso tantas vezes, acho que é ótimo que isso finalmente seja falado.”

Questionada se voltaria a viver a personagem em uma terceira produção, a atriz nem hesitou. “Deus, sim! Mas eu provavelmente estou velha demais”, lamentou ela. Além de inúmeras animações, Velma também foi interpretada pela cantora Hayley Kiyoko em Scooby-Doo! O Mistério Começa (2009) e Scooby-Doo e a Maldição do Monstro do Lago (2010) e por Sarah Gilman em Daphne & Velma (2018).

Velma foi oficialmente revelada como lésbica na animação Doces ou Travessuras, Scooby-Doo (2022), na qual a nerd se mostra apaixonada e perde até as palavras ao conhecer a figurinista Coco Diablo. A personagem também vai explorar sua sexualidade em uma nova animação da HBO Max com estreia prevista para o ano que vem.

A sexualidade de Velma já é discutida há um bom tempo nas produções de Scooby-Doo. O cineasta James Gunn, que escreveu o roteiro do live-action de 2002, já tinha reclamado de problemas enfrentados com os chefes. “Velma era explicitamente gay no meu roteiro inicial”, escreveu ele no Twitter. “Mas o estúdio continuou diluindo e diluindo, transformando em algo ambíguo (na versão filmada), depois em nada (na versão lançada) e, finalmente, com ela tendo um namorado (na sequência).”

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Luciano Guaraldo

Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.

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