FILMES E SÉRIES

Cynthia Erivo e Ariana Grande em cena de Wicked: Parte 2

(Foto: Divulgação/Universal Pictures)

Opinião

Wicked 2 tem uma missão quase impossível depois do sucesso gigante

Se conseguir, o musical pode se consolidar como uma das franquias musicais mais importantes do cinema moderno

Victor Cierro
Victor Cierro

Wicked se tornou um dos maiores eventos do cinema recente. A adaptação do musical da Broadway não só dominou conversas nas redes e nos tapetes vermelhos, como também conquistou crítica e público. O filme arrecadou US$ 756 milhões (R$ 4 bilhões) no mundo todo e alcançou 88% no Tomatometer e 95% no Popcornmeter, números raros para produções musicais em Hollywood. A expectativa era alta – e o impacto superou qualquer previsão.

O desempenho repercutiu também na temporada de premiações. Wicked chegou ao Oscar com 10 indicações, incluindo Melhor Filme, Melhor Atriz para Cynthia Erivo e Melhor Atriz Coadjuvante para Ariana Grande. A presença das duas no topo da disputa consolidou o filme como um marco para musicais na última década. Ele venceu duas estatuetas, a histórica vitória de Paul Tazewell como o primeiro homem negro a ganhar o prêmio de Melhor Figurino e a de Melhor Direção de Arte.

Além disso, a performance especial durante a cerimônia ficou marcada como um dos momentos mais comentados da noite. Ariana Grande abriu a apresentação com Somewhere Over the Rainbow, seguida por Cynthia Erivo cantando Home. As duas encerraram com Defying Gravity, reforçando a força cultural e emocional que Wicked vinha carregando desde antes do lançamento. O filme, que está disponível no Prime Video, virou acontecimento.

Wicked 2 carrega um legado pesado

Agora, Wicked: Parte 2 chega com uma missão quase impossível. A sequência estreia em 20 de novembro e já nasce sob o peso do fenômeno que veio antes. Não se trata apenas de continuar uma história conhecida, mas de finalizar um arco que chegou às telas cercado de expectativas, comparações e uma pressão poucas vezes vista em produções do gênero.

A continuação adapta a segunda metade do musical e promete um desfecho emocional para Elphaba (Cynthia Erivo), Glinda (Ariana Grande-Butera), Fiyero (Jonathan Bailey), o Mágico de Oz (Jeff Goldblum), Nessarose (Marissa Bode) e Madame Morrible (Michelle Yeoh). É o momento em que conflitos pessoais explodem, alianças se rompem e a narrativa chega ao seu clímax dramático.

O desafio, porém, vai além da história. Wicked: Parte 2 estreia já em comparação constante com um filme que virou fenômeno global. A bilheteria precisa ser forte, a recepção crítica precisa ser positiva e, principalmente, o impacto cultural precisa se sustentar. O primeiro longa virou referência instantânea. A pergunta agora é se a sequência conseguirá gerar o mesmo entusiasmo – ou se sofrerá com o tamanho da própria expectativa.

Se conseguir, Wicked pode se consolidar como uma das franquias musicais mais importantes do cinema moderno. Se não, corre o risco de ser lembrado como um evento que não encontrou um final à altura. A montanha, desta vez, é muito mais alta. Assista abaixo ao trailer da continuação:

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Victor Cierro

Victor Cierro

Repórter da Tangerina, Victor Cierro é viciado em quadrinhos e cultura pop e decidiu que seria jornalista aos 9 anos. É cria da casa: antes da Tangerina, estagiou no Notícias da TV, escrevendo sobre filmes e séries.

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