Divulgação/Hulu
A atriz Amanda Seyfried revelou que, antes de existirem coordenadores de intimidade nos sets, passou por situações desconfortáveis no começo da carreira
No começo de sua carreira, Amanda Seyfried passou por situações bem desconfortáveis envolvendo nudez em sets de filmagens. Em um período anterior à campanha #MeToo, que denunciou abusos e assédios em Hollywood, a atriz chegou a ser obrigada a andar sem calcinha durante uma gravação.
“Tendo 19 anos, andando sem calcinha –tipo, você está brincando comigo? Como deixei isso acontecer?”, revelou a atriz em entrevista à revista Porter. “Eu sei o motivo: eu tinha 19 anos, não queria chatear ninguém e queria manter meu emprego. É por isso.”
Amanda revelou que, apesar de já ser veterana em Hollywood com apenas 36 anos e quase duas décadas de carreira, ela gostaria de ter iniciado sua vida de atriz nos tempos atuais. A razão é a existência de profissionais que garantem o bem-estar dos atores com relação a cenas desconfortáveis, como os coordenadores de intimidade.
A atriz comentou que, após o movimento #MeToo, o clima nos sets de filmagem melhorou significativamente e que a exigência dos supervisores de intimidade faz com que atores e atrizes “estejam em melhor posição para dizer o que pensam e sentem”.
Na entrevista, Amanda Seyfried também falou abertamente sobre a importância de dar atenção à saúde mental em uma indústria tão exigente quanto Hollywood. Entre sessões regulares de terapia e tentando manter uma vida pessoal separada da profissional, ela descobriu maneiras de se proteger de algumas das pressões profissionais que havia sentido no início.
“Quando conheço alguém mais jovem, como na casa dos 20 anos, e eles são rejeitados por um trabalho ou algo assim, isso os esmaga completamente por um minuto”, afirmou. “Nada pode me esmagar completamente quando se trata de trabalho. Eu sou inquebrável! Nada pode destruir minha vida, a menos que tenha a ver com minha família.”
Seyfried explicou que um exemplo disso foi quando perdeu o papel de Glinda na adaptação cinematográfica de Wicked para Ariana Grande. “Foi devastador, e não foi por nenhuma outra razão que eu realmente senti que isso foi certeiro. Mas isso não tira minha confiança em nada.”
Giulianna Muneratto
Jornalista pela Faculdade Cásper Líbero. Adora um filme clichê, música pop e sonhava em ser cantora de cruzeiro, mas não tem talento pra isso.
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