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Boris Johnson fala ao telefone em seu gabinete

Reprodução/Instagram

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Renúncia de Boris Johnson: 5 escândalos que The Crown não vai mostrar

Boris Johnson vai deixar o gabinete de premiê do Reino Unido. Mas esse escândalo e muitos outros não serão abordados em The Crown

Luciano Guaraldo

A renúncia de Boris Johnson ao cargo de primeiro-ministro do Reino Unido nesta quinta-feira (7) renderia um episódio delicioso de The Crown. Infelizmente, a série não chegará aos dias atuais: a sexta (e última temporada) deve focar na morte trágica da princesa Diana (1961-1997) e em seus desdobramentos.

Com a decisão do criador Peter Morgan de não explorar o século 21 da família real na premiada atração da Netflix, muitos eventos importantes vão ficar de fora. Como as alegações de racismo feitas por Meghan Markle e o escândalo com o príncipe Andrew, acusado de envolvimento com uma rede de crimes sexuais.

Confira cinco histórias bombásticas que não vão aparecer em The Crown –será que elas ficam para um eventual spin-off?

Príncipe Harry pelado e nazista?

Antes de se apaixonar por Meghan Markle, o príncipe Harry tinha fama de festeiro –e fazia jus a ela. Fotos em que ele aparecia peladão em um quarto de hotel em Las Vegas vazaram para a imprensa em 2012. Ele explicou que as imagens foram tiradas pouco antes de sua ida para o Afeganistão –nada mais justo do que aproveitar a vida antes da guerra, certo?

Mas pior do que surgir peladão em imagens vazadas é aparecer vestido com um uniforme nazista. Foi justamente essa roupa nada apropriada que Harry escolheu para uma festa à fantasia no início de 2005 –com direito a suástica no braço! O príncipe, na época com 20 anos, pediu desculpa pelo seu erro e afirmou que foi um erro de julgamento de sua parte.

Príncipe Andrew ligado a crimes sexuais

Terceiro filho da rainha Elizabeth, o príncipe Andrew nunca teve muitas chances de chegar ao trono –ele é apenas o nono na linha de sucessão. Mas sua situação na realeza ficou ainda pior depois que veio à tona o seu envolvimento com o financista Jeffrey Epstein (1953-2019), condenado por coordenar uma rede de tráfico sexual.

Andrew ainda foi acusado pela norte-americana Virginia Giuffre de tê-la agredido sexualmente três vezes em 2001, quando ela tinha 17 anos. Ele negou as acusações, mas aceitou fazer um acordo extrajudicial para encerrar o caso. O príncipe abdicou de suas funções reais em 2020 e teve de devolver seus títulos militares à Coroa no início de 2022.

Príncipe Harry e Meghan Markle em entrevista a Oprah

Príncipe Harry e Meghan Markle em entrevista a Oprah

Reprodução/CBS

Meghan Markle alvo de racistas

Em uma entrevista bombástica concedida a Oprah Winfrey depois de se afastarem da Coroa, Harry e Meghan contaram que alguns membros da família real se mostraram preocupados com o tom de pele do bebê do casal –a atriz da série Suits (2011-2019) é birracial, com mãe negra e pai branco.

Os dois não citaram quem teria feito a declaração racista, mas parte do público apostou em Maria Cristina, mulher do príncipe Michael, primo de Elizabeth. Ela já usou um broche de conotação racista no almoço de Natal da família real em 2017 e mandou um grupo de negros “voltarem para as colônias” enquanto jantava em um restaurante em Nova York.

Caso extraconjugal do príncipe William

O casamento do príncipe William com Kate Middleton fez o mundo parar, mas há boatos de que a união não é sempre o conto de fadas com que tantas crianças sonham. Em 2019, o duque de Cambridge foi acusado de ter um affair extraconjugal com Rose Hanbury, uma das melhores amigas de Kate.

Ninguém nunca assumiu nada, é claro, mas o histórico de fidelidade na família real não é dos melhores. Charles e Diana tiveram suas respectivas traições amplamente divulgadas na mídia –e The Crown deve abordar pelo menos essas puladas de cerca nas duas próximas temporadas.

Renúncia de Boris Johnson

O escândalo mais recente envolve Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido desde 2019. Nesta quinta (7), ele renunciou ao posto depois de uma série de crises graves em seu governo. Ele realizou uma festa na sua residência oficial em Downing Street durante a fase de lockdown da pandemia de Covid-19, e ainda deu um cargo político para um acusado de assédio sexual.

Mais de 50 funcionários do gabinete de Johnson pediram demissão e aumentaram a pressão para a saída do premiê. Depois de relutar e dizer que não abandonaria o cargo, ele deu o braço a torcer e anunciou sua renúncia –fica no cargo até a escolha de um novo líder do Partido Conservador.

Colaboração de Beatriz Marcarini

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Luciano Guaraldo

Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.

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