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De Volta Para o Futuro - Back To The Future - Musical da Broadway

Divulgação

BACK TO THE FUTURE

Broadway: A magia de assistir a um musical em Nova York pela 1ª vez

Assisti a Back To The Future na Broadway e pude vivenciar a magia de assistir a uma peça no coração do teatro musical

Giulianna Muneratto

Há quem sonhe em visitar Nova York para conhecer a famosa Times Square, sentir um pouco do estilo de vida dinâmico e caótico, passear no Central Park ou até vislumbrar a majestosa Estátua da Liberdade. No meu caso, meu grande sonho ao pisar na Big Apple era me dirigir a um dos 41 teatros profissionais da tão aclamada Broadway para assistir a um musical, já que é na cidade que pulsa o coração das histórias não somente contadas, mas também cantadas.

Viajei para a cidade com um objetivo específico: fazer a cobertura jornalística da New York Comic Con, com entrevistas e debates sobre o que há de mais quente no mundo da cultura pop mundial. Isso, por si só, já seria motivo suficiente de empolgação para mim. Mas logo eu, tão apaixonada por musicais desde que era pequena, não poderia perder a oportunidade de assistir a alguma apresentação que estivesse rolando por lá.

Foi no Winter Garden Theatre que um dos meus grandes sonhos se realizou. Um dia antes de começar a loucura da NYCC, eu pude entrar em um teatro enorme, deslumbrante e encantador. Parecia que eu tinha viajado no tempo e estava prestes a participar de uma festa luxuosa da nobreza francesa do século 18.

Este é o local onde estão rolando as apresentações de Back To The Future (De Volta para o Futuro), musical inspirado no filme icônico de 1985 estrelado por Michael J. Fox e Christopher Lloyd. E aqui eu me permito já adiantar: trata-se de uma adaptação tão boa quando o próprio longa-metragem.

Ao entrar no teatro, o palco é totalmente preparado como se a plateia estivesse prestes a adentrar um futuro quase que utópico. É incrível o investimento que a peça tem –o cenário ultrapassa o próprio palco e quase adentra o público, como uma construção que dá um efeito 3D de cair o queixo.

No telão, um aviso de que é proibido fotografar e filmar aparece de tempos em tempos. Mas não é qualquer aviso: com letras futuristas, você é alertado de que mexer no celular durante a exibição pode mexer com o espaço-tempo contínuo, pois ele ainda não tinha sido inventado em 1985 –e ninguém quer fazer isso, não é mesmo?

Quando o musical começa, somos transportados diretamente para o mundo criado por Robert Zemeckis. É tudo impecável: os detalhes do cenário, as falas, as músicas, a história, a atuação –parece mesmo que estamos vivenciando ali, ao vivo, as aventuras malucas de Marty McFly e do Dr. Emmett Brown.

É como se De Volta para o Futuro tivesse sido feito para ter uma trilha sonora, para ser dançado e cantado de forma eletrizante. Muito disso se deve à performance de Casey Likes, que interpreta o personagem original de Michael J. Fox, e Roger Bart, como o doutor excêntrico. Os dois têm uma química e uma energia que simplesmente se encaixam e fazem qualquer um se apaixonar.

As trocas de cenário são absurdamente surpreendentes. É visível como os musicais da Broadway têm um investimento que raramente se vê no Brasil, principalmente quando se fala de teatro. Tudo é muito grandioso, bem feito, com particularidades tão encantadoras que te fazem acreditar que muito do que se está vendo é real.

A peça usa truques para deixar as mudanças no clima realistas, como se você sentisse que ali dentro está mesmo chovendo. Raios, batidas de carro e até a máquina do tempo viajando em cima do palco são extremamente verossímeis.

Se meu eu de dez anos tivesse assistido a De Volta Para o Futuro na Broadway, certamente sairia dali acreditando em viagem no tempo. Aquilo é magia pura, tão bem arquitetada que faz qualquer adulto ficar com os olhos brilhando, como uma criança que tivesse acabado de visitar o Walt Disney World. Obrigada, Broadway, por ser tão mágica quanto eu sonhei. Vida longa ao teatro musical.

*A Tangerina assistiu ao espetáculo a convite da Broadway Inbound, empresa que negocia ingressos para o teatro com agências de turismo e grupos grandes.

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QUEM FEZ

Giulianna Muneratto

Jornalista pela Faculdade Cásper Líbero. Adora um filme clichê, música pop e sonhava em ser cantora de cruzeiro, mas não tem talento pra isso.

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