Reprodução/TV Globo
Um dos destaques de Pantanal, Claudio Galvan tira proveito de um papel que já fez muito ator famoso reclamar
Marina Abramović não é a única a ter feito história sem precisar se levantar da cadeira na performance The Artist Is Present. O ator Claudio Galvan também evita a fadiga na maior parte de suas cenas em Pantanal. Ele dificilmente se afasta do rádio que liga a fazenda de José Leôncio (Marcos Palmeira) ao resto do mundo, num papel que já fez muito ator da Globo reclamar por aí.
Vera Fischer, por exemplo, não gostou de ter passado boa parte de Salve Jorge (2012) sentada à frente da mesa de contabilidade. Insatisfeita, ela disse que a personagem era quase humilhante. “Não precisava me chamar para fazer essa novela. Ou colocava uma pessoa que está começando, que precisa”, disparou ela, ao TV Fama.
Galvan pode até não ser um dos rostos mais conhecidos da televisão, mas a voz já chamou a atenção dos telespectadores. Ele não é tão rouco quanto o Pato Donald, nem tão devagar quanto o Ursinho Pooh, mas já dublou do Lord Farquaad de Shrek (2001) ao Li Shang de Mulan (1998).
Claudio Galvan não faz o tal perfil da “pessoa que está começando”, mas soube tirar proveito de Ari. O funcionário tinha tudo para ser só mais um coadjuvante, mas roubou a cena sem precisar ficar de pé e com uma só palavra. Ou melhor, duas: “câmbio, desligo”.
A expressão caiu na boca do público, que a transformou em meme nas redes sociais e em figurinhas nos aplicativos de mensagem. Ela talvez só perca em popularidade para o “reiva” de Juma (Alanis Guillen) ou os insistentes pedidos de “toca Cavalo Preto” de José Leôncio.
Não à toa, Galvan começou a peregrinar pelos programas da Globo como se fosse ser devorado por piranhas ou por uma sucuri nos próximos capítulos. Ele tirou a situação de letra, a ponto de ninguém questionar por que Ari dificilmente aparece de pé na história –mesmo quando vai à fazenda tomar um café e ter um dedo de prosa.
Daniel Farad
Repórter. Além do Notícias da TV, também se juntou ao Tangerina para combater a mesmice e o escorbuto. Escreve do Rio de Janeiro, onde se sente eternamente em uma novela do Manoel Carlos. Aqui, porém, a gente fala mexerica. Fale com o Daniel: vilela@tangerina.news
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