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Flávia Reis

Reprodução/Instagram

ENTREVISTA

Da Globo à Netflix, Flávia Reis prova seu potencial: ‘Privilegiada’

Atriz e comediante veterana, atualmente no ar em Travessia, Flávia Reis conversa com a Tangerina sobre sua versatilidade e novos projetos

Giulianna Muneratto

Veterana na atuação, Flávia Reis já conquistou corações pelos teatros do Brasil com seu espetáculo Neurótica e fez os assinantes do Prime Video caírem na risada na primeira temporada do LOL: Se Rir, Já Era. Agora, emociona como a Marineide na tela da Globo em Travessia (2022) e ainda vai levar seu jeitinho de fazer comédia para as telas da Netflix na série Sem Filtro. 

Seu currículo impressiona: Flávia foi de 220 Volts (2011-2012) a Amor Eterno Amor (2012), participou de Zorra (2015-2020), Vai Que Cola, AtorMentados (2014) e até de Amor & Sexo (2009-2014). Mas ela, na verdade, nunca precisou de grandes plataformas para alcançar seu público e mostrar toda a sua potência como artista do riso.

“As redes sociais mudaram a relação do audiovisual com o mercado. A internet é uma porta aberta, não para exibir um material com rigor de cinema, mas é uma plataforma com comunicação direta ao público”, explica a atriz em entrevista exclusiva à Tangerina. “E eu gosto de fazer teatro porque eu controlo. E senti que com as redes sociais também é assim. Eu gravo o que eu quero, coloco bem a minha marca, com o humor que se confunde com a realidade, e ainda gero um conteúdo que a pessoa responde na hora.”

Flávia tem uma versatilidade de dar inveja. Em Travessia, ela se aventura pelo drama, com uma personagem mais séria, que se difere das demais de sua carreira. “Trabalhar nisso, como artista, é um privilégio. É muito legal transitar por esses lugares, porque eu gosto de compor personagens. Na Netflix, eu jogo mais com o humor físico, por exemplo, e esse é um momento muito privilegiado”, afirma. 

Flávia foi bastante projetada para o público mais jovem em LOL: Se Rir, Já Era, reality show do Prime Video que desafia humoristas a ficarem juntos durante seis horas sem rir. Ela tem aproveitado bem a fama após ganhar o programa. 

“Foi muito bacana entender essa nova geração do humor. Estar junto deles ali realmente foi uma vitrine para mim, e eu aprendi muito sobre como eles fazem humor e como divulgam esse trabalho”, conta. “O LOL foi o primeiro lugar fora do teatro em que eu pude fazer meu trabalho autoral, então deu uma visibilidade ao meu trabalho. Eu voltei ao teatro com minhas personagens e o público inteiro conhecia, foi sensacional.” 

Apesar de o humor ser sua grande arma, Flávia Reis acredita em uma comédia inclusiva e acolhedora, que ela pratica desde o começo de sua carreira. “Trabalhei durante muitos anos como palhaça nos Doutores da Alegria, então foi a minha escola de humor. Tudo era feito para rir com o outro, porque trabalhávamos com pessoas à beira da morte, ou em condições frágeis. Sempre era um lugar de muita fragilidade”, conta.

“Não tinha a menor possibilidade de eu apontar defeitos em alguém. Era sempre um convite, do tipo ‘vamos rir juntos’. Isso é ótimo da comédia, porque está se transformando. Rir do outro exclui o outro, por isso é natural que o humor siga esse movimento de inclusão”, acrescenta.

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QUEM FEZ

Giulianna Muneratto

Jornalista pela Faculdade Cásper Líbero. Adora um filme clichê, música pop e sonhava em ser cantora de cruzeiro, mas não tem talento pra isso.

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