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Hank Saroyan com James Brown

Reprodução/Arquivo pessoal

LUTO

Roteirista de Caverna do Dragão, Hank Saroyan morre aos 75 anos

Ele ganhou um Emmy por seu trabalho na animação Muppet Babies e também trabalhou em A Família Trololó e The Tick, entre outros

Luciano Guaraldo

O roteirista Hank Saroyan, vencedor do Daytime Emmy por seu trabalho na animação Muppet Babies (1984-1991) e que foi responsável por escrever diálogos do clássico Caverna do Dragão (1983-1985), morreu aos 75 anos após complicações causadas pelo câncer de mieloma múltiplo.

A morte ocorreu em 23 de setembro, mas só foi noticiada nesta quinta-feira (27), mais de um mês depois. Segundo a Variety, ele deixa um filho, Jason, dois netos e duas sobrinhas. Seu tio era o escritor William Saroyan (1908-1981), ganhador do prêmio Pulitzer em 1940 e de um Oscar de melhor roteiro em 1944 por A Comédia Humana (1943).

Curiosamente, Hank Saroyan não pretendia seguir os passos do tio e caiu no mundo do entretenimento por acaso. Ele chegou a se formar em Veterinária pela Universidade de Berkeley, na Califórnia, mas começou a escrever para game shows exibidos pela TV regional em San Francisco.

Na animação, passou por Marvel e Hanna-Barbera, supervisionando os roteiros de A Família Trololó (1981) e de As Aventuras de Fievel no Oeste (1992), dirigindo as vozes de Hagar, o Terrível (1989) e Muppet Babies, para o qual também compunha músicas. Ainda fez pequenas dublagens em dois desenhos com super-heróis atrapalhados, Darkwing Duck (1991-1992) e The Tick (1994-1997).

Em Caverna do Dragão, Hank Saroyan foi supervisor das vozes do desenho, mas também tinha a função de escrever parte dos diálogos, especialmente aqueles que precisavam ser alterados já na cabine de gravação. Ele roteirizou, no entanto, um episódio completo: o segundo da primeira temporada, O Olho do Observador.

“Ele era conhecido por sua criatividade e pela maneira como encarava a vida e o trabalho com muito amor e diversão. Hank tinha uma paixão pelos animais –era um defensor e cuidador deles”, escreveu o filho, Jason, em seu obituário. “Ele tinha histórias infinitas para contar e era um mestre em torná-las belas e identificáveis com qualquer tipo de público. Ele será lembrado por muitos anos que ainda virão.”

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Luciano Guaraldo

Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.

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