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Em entrevista à Rolling Stone, Harry Styles comentou sobre sua jornada de descoberta da sexualidade e como prefere manter o assunto fora dos holofotes
Desde que ganhou destaque na boyband One Direction, Harry Styles viu sua vida sexual ganhar os holofotes. Há alguns anos, o cantor adotou a fluidez de gênero em suas vestimentas e sempre rejeitou quaisquer rótulos, gerando curiosidade nos fãs. Recentemente, o artista se abriu mais sobre a descoberta da sexualidade e a opção por manter isso no privado.
Em entrevista à revista Rolling Stone, Styles admitiu que havia um sentimento de vergonha ao falar abertamente sobre sua vida sexual e que tudo ganhou leveza após separar os momentos profissionais dos pessoais.
“Nunca falei publicamente sobre a minha vida longe do trabalho e descobri que isso me beneficiou positivamente”, explicou. “Sempre haverá uma versão de uma narrativa, e acho que decidi que não iria perder tempo tentando corrigi-la ou redirecioná-la de alguma forma.”
Durante muito tempo, porém, Harry Styles sofreu acusações de queerbaiting –uma forma de utilizar a vivência LGBTQIA+ apenas para marketing. Ele acredita que os argumentos por trás das críticas são tolos.
“Às vezes as pessoas dizem: ‘Você só esteve publicamente com mulheres’, e eu não acho que saí publicamente com ninguém. Se alguém tirar uma foto sua com alguém, isso não significa que você está escolhendo ter um relacionamento público ou algo assim.”
Harry Styles estreará em breve no filme My Policeman, dirigido por Michael Grandage. No longa, ele interpreta Tom, um policial que desenvolve sentimentos por um curador de museu chamado Patrick (David Dawson).
O filme é situado nos anos 1950, quando ainda era ilegal um relacionamento entre pessoas do mesmo gênero no Reino Unido. Tom precisa encarar um casamento de fachada para esconder seu verdadeiro amor. “É obviamente muito insondável agora pensar: ‘Ah, você não pode ser gay. Isso era ilegal’”, afirmou Styles.
O cantor do hit As It Was falou sobre como My Policeman é uma história sobre a vivência humana e como todos têm questões com sua sexualidade. “Acho que todos, inclusive eu, têm suas próprias jornada para descobrir a sexualidade e ficar mais confortável com isso”, refletiu. “Não é como se fosse ‘Esta é uma história gay sobre esses caras serem gays’. É sobre amor e sobre perda de tempo para mim.”
De acordo com Styles, o diretor queria destacar como é realmente o sexo entre dois homens nas cenas entre Tom e Patrick. “Muito do sexo gay no cinema é entre dois caras, e isso meio que remove a ternura disso”, acrescentou. “Haverá, eu imagino, algumas pessoas que assistirão ao filme que estavam vivas durante esse período em que era ilegal ser gay, e [Michael Grandage] queria mostrar que é terno, amoroso e sensível.”
Giulianna Muneratto
Jornalista pela Faculdade Cásper Líbero. Adora um filme clichê, música pop e sonhava em ser cantora de cruzeiro, mas não tem talento pra isso.
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