Nirvana ganha processo contra bebê da capa de Nevermind

Em agosto de 2021, Spencer Elden processou a banda Nirvana por suposta pornografia infantil na capa do álbum Nevermind (1991). Elden, no caso, é o próprio bebê que aparece no disco. Mas a Justiça norte-americana chegou à conclusão de que ele levou tempo demais para entrar com o processo e acabou arquivando as alegações.

Aos 31 anos, Spencer Elden entrou com uma ação contra os membros sobreviventes do Nirvana, Dave Grohl e Krist Novoselic, o espólio de Kurt Cobain (1967-1994) e Kirk Weddle, o fotógrafo da imagem do disco, alegando exploração sexual infantil. O juiz distrital dos Estados Unidos Fernando Olguin rejeitou o processo.

“Em suma, porque é indiscutível que [Elden] não apresentou sua queixa dentro de 10 anos depois de descobrir uma violação. O tribunal conclui que sua reclamação é prematura“, escreveu Olguin, segundo a Rolling Stone. 

“Como o autor teve a oportunidade de resolver as deficiências em sua queixa em relação ao estatuto de limitações, o tribunal está convencido de que seria inútil conceder ao autor uma quarta oportunidade de apresentar uma queixa alterada”, continuou o juiz.

Elden alegou que seus responsáveis ​​legais nunca consentiram que sua imagem fosse usada para a capa do álbum e pediu US$ 150 mil (cerca de R$ 773 mil) em danos, além de honorários advocatícios. Elden também acusou a banda de não protegê-lo de ser explorado sexualmente, e alegou que ter seu corpo nu em uma famosa capa de álbum quando bebê o fez sofrer “danos ao longo da vida”.

No processo, os réus –membros do Nirvana– reagiram às acusações de Elden, alegando que ele “passou três décadas lucrando com sua celebridade como o autointitulado ‘bebê do Nirvana'”. Também foi argumentado que foram o pai de Elden e o próprio que revelaram sua identidade como o bebê e “celebraram publicamente” a imagem.