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Roteirista também trabalhou em séries como Dawson's Creek, Charmed e Once Upon a Time in Wonderland. Ele tinha 51 anos
Roteirista e produtor prolífico em Hollywood, Zack Estrin morreu no sábado (24), aos 51 anos. Ele trabalhou em séries como Dawson’s Creek (1998-2003) e Prison Break (2005-2009; 2017) e foi showrunner do reboot de Perdidos no Espaço (2018-2021), da Netflix.
Segundo a Variety, a morte de Zack Estrin pegou amigos e parentes de surpresa, pois ele não apresentava problemas de saúde e estava em boa forma física. Inclusive, o produtor fazia exercícios na praia de Hermosa, na Califórnia, quando sofreu uma parada cardíaca.
“Zack Estrin era tudo para gente. O melhor marido, pai, filho e amigo”, disse sua família em uma nota de pesar. “Ele amava deixar todo mundo feliz. Ele amava fazer as pessoas rirem. Ele amava trabalhar como roteirista e produtor e ser parte do processo de criação dessas séries que as pessoas gostam. Mas, acima de tudo, ele amava sua família e seus amigos. Obrigado a todos por terem feito parte da vida dele e da nossa.”
Filho do produtor Jonathan Estrin, indicado ao Emmy por seu trabalho na clássica série policial feminina Cagney & Lacey (1981-1988), Zack seguiu os passos do pai e entrou na indústria cinematográfica logo que terminou a faculdade. No cinema, trabalhou atrás das câmeras em filmes como Calafrio! (2000) e Jogo de Intrigas (2001). Mas seu lugar era mesmo na televisão.
No auge das séries adolescentes da extinta rede The WB, Zack Estrin foi co-produtor em Charmed (1998-2006) e Dawson’s Creek, para as quais também escreveu alguns episódios. Depois, foi supervisor de produção de atrações que fizeram menos sucesso, como Miracles (2003), Tru Calling (2003-2005) e Point Pleasant (2005), todas com pegadas sobrenatural.
Sua guinada profissional ocorreu com Prison Break, na qual começou como supervisor de produção na primeira temporada. Fenômeno logo na estreia, a atração sobre um engenheiro que força a própria prisão para tentar libertar o irmão virou um dos cartões-postais da Fox nos anos 2000. No segundo ano, Zack Estrin já havia sido promovido a co-produtor executivo.
“Ele era um escritor incrível, capaz de desenvolver igualmente bons diálogos e uma boa estrutura”, disse Matt Olmstead, que dividiu a chefia de Prison Break com ele. “Zack Estrin era um ótimo showrunner porque atraía as pessoas certas. Roteiristas queriam trabalhar com ele e dar o seu melhor. Executivos gostavam dele tanto quanto assistentes. Ele era um unificador. E isso era um reflexo de quão gentil, apoiador, encorajador e otimista ele era. Se seu telefone tocasse e você visse que era Zack ligando, você abria um sorriso.”
Com o fim (temporário) de Prison Break, o produtor voltou a trabalhar em séries pouco expressivas, como a policial The Good Guys (2010), o drama de super-heróis No Ordinary Family (2010-2011) e o suspense The River (2012). Ele também foi produtor executivo de Once Upon a Time in Wonderland (2013-2014), spin-off da bem-sucedida Once Upon a Time (2011-2018) que não repetiu a audiência da série original.
Seu último trabalho foi como showrunner de Perdidos no Espaço, que teve três temporadas na Netflix. O reboot do clássico dos anos 1960 chamou a atenção por transformar o hilário vilão doutor Smith (Jonathan Harris) em uma mulher, interpretada por Parker Posey.
Luciano Guaraldo
Editor-chefe da Tangerina. Antes, foi editor do Notícias da TV, onde atuou durante cinco anos. Também passou por Diário de São Paulo e Rede BOM DIA de jornais.
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