Lançamento surpresa de sexta-feira (5), Break My Soul (The Queens Remix) juntou Beyoncé e Madonna em um feat de quebrar a internet. E, em um momento que retoma a clássica Vogue (1990), da rainha do pop, a mulher de Jay-Z lista várias artistas pretas que mudaram a história da música. Entre os nomes citados, está Anita –o que fez muitos fãs brasileiros pensarem que se tratava de uma referência à cantora de Envolver.
No caso, tudo leva a crer que Beyoncé estava celebrando Anita Baker, musa do soul e do R&B vencedora de oito Grammys e mundialmente conhecida pela música Sweet Love. O que não significa que Anitta não tenha seus méritos nem mereça ser citada em um próximo remix.
De qualquer maneira, Beyoncé faz um verdadeiro quem é quem da música mundial em The Queens Remix. Além de Anita Baker, confira todos os nomes citados pela artista:
- Sister Rosetta Tharpe (1915-1973), cantora, compositora e guitarrista que fez sucesso nos anos 1930 e 1940 com canções gospel. Ela também é considerada a madrinha do rock e inspirou nomes como Johnny Cash (1932-2003) e Elvis Presley (1935-1977).
- Santigold, cantora norte-americana que explodiu com o álbum Santogold (2008). Ela misturou new wave, rock alternativo e reggae e já saiu em turnê com nomes como Jay-Z, M.I.A., Björk e Coldplay.
- Bessie Smith (1894-1937), a “imperatriz do blues” e um dos nomes mais importantes da Era do Jazz, entre as décadas de 1920 e 1930. Considerada uma das melhores cantoras de sua época, morreu em um acidente de carro quando tinha apenas 43 anos.
- Nina Simone (1933-2003), pianista, cantora, compositora e ativista pelos direitos dos negros norte-americanos. Apesar de conhecida pelo jazz –ela é chamada de “a alta sacerdotisa” do gênero–, tocou blues, R&B, gospel, pop e até música clássica.
- Betty Davis (1944-2022), a “rainha do funk”. Foi casada com Miles Davis (1926-1991) e conseguiu quebrar barreiras com seu comportamento eclético nos palcos e fora deles. Seu estilo foi considerado precursor do afrofuturismo, um gênero que Beyoncé conhece muito bem.
- Solange Knowles, cantora, atriz e, claro, irmã mais nova de Beyoncé. Além de músicas como I Decided e Cranes in the Sky, ela é conhecida por ter batido em Jay-Z em um infame vídeo registrado pelas câmeras de segurança de um elevador.
- Erykah Badu, expoente do neo soul dos anos 1990, em uma mistura de R&B, hip hop, funk e jazz. Indicada a 19 Grammys em sua carreira, ela tem quatro troféus na prateleira. Destaque para as músicas On & On, Love of My Life (An Ode to Hip-Hop) e Honey.
- Lizzo, um dos nomes mais recentes citados por Beyoncé. A rapper é um caso raro de explosão tardia: Good as Hell foi lançada em 2016, e Truth Hurts no ano seguinte, mas só foram entrar nas paradas de sucesso em 2019. Ela foi a artista com mais indicações ao Grammy de 2020, e atualmente bomba com a música About Damn Time.
- Kelly Rowland, parceira de Beyoncé no Destiny’s Child. Fora do grupo, ela fez sucesso mundial com a música Dilemma, um feat com o rapper Nelly, e na eletrônica When Love Takes Over, de David Guetta. Kelly também é atriz e estrelou o terror Freddy Vs. Jason (2003).
- Lauryn Hill, cantora, rapper e atriz que surgiu como integrante do The Fugees no início dos anos 1990. Apesar de só ter lançado um disco solo de estúdio e um acústico, ela é considerada uma das melhores rappers de todos os tempos. Brasileiros também vão se lembrar dela como a Rita do filme Mudança de Hábito 2 (1993).
- Roberta Flack, a primeira artista a ganhar o Grammy de gravação do ano em duas premiações consecutivas: em 1973 com The First Time Ever I Saw Your Face, e em 1974 com Killing Me Softly with His Song –que, curiosamente, foi regravada por Lauryn Hill com os Fugees duas décadas depois.
- Toni Braxton, cantora de R&B que vendeu mais de 70 milhões de discos no mundo todo. Vencedora de sete Grammys, ela é conhecida até hoje por canções como Un-Break My Heart e Spanish Guitar.
- Janet Jackson, cantora, compositora e dançarina. Irmã mais nova de Michael Jackson (1958-2009), ela conseguiu sair da sombra do irmão e cravar o nome com uma carreira própria, com canções de sucesso como Nasty, Control, Rhythm Nation, Scream e All For You. Ficou marcada pela apresentação no Super Bowl de 2004 ao lado de Justin Timberlake.
- Tierra Whack, rapper de apenas 26 anos que conquistou a crítica e o público com o álbum Whack World (2018), que tinha músicas curtas, de cerca de um minuto. Ela gravou com Beyoncé a canção My Power, do disco The Lion King: The Gift (2019).
- Missy Elliott, cantora e produtora que é considerada a rainha do rap e vendeu mais de 30 milhões de discos em sua carreira. Já trabalhou com nomes como Christina Aguilera, Lil’ Kim, Ludacris, Eve, Ciara, Timbaland e Pharrell Williams. E, com Beyoncé, lançou Fighting Temptation em 2003.
- Diana Ross, cantora alçada ao sucesso como a vocalista do grupo feminino The Supremes durante a era da Motown. Foi considerada a maior entertainer do século pela revista Billboard, recebeu 12 indicações ao Grammy e ganhou um troféu especial pelo conjunto da obra em 2012.
- Grace Jones, modelo, cantora e atriz tão importante para Beyoncé que é citada duas vezes no verso. Lançada na era da disco music nos anos 1970, migrou para o reggae, o funk e o pop na década seguinte. Sua imagem andrógina e suas roupas no estilo neo-cubista viraram sua marca registrada.
- Aretha Franklin (1942-2018), a rainha do soul. Vendeu mais de 75 milhões de discos no mundo todo, ganhou 18 Grammys e é uma das maiores lendas da música. Se você não conhece o trabalho da cantora, pare tudo o que está fazendo e vá ouvir as canções Respect e Chain of Fools agora mesmo.
- Sade, citada por Beyoncé com o nome completo, Helen Folasade Adu, cantora nigeriana que mudou a música contemporânea com seu pop repleto de soul. Smooth Operator foi lançada em 1984 e, quase 40 anos depois, segue embalando casais e inspirando artistas do mundo todo. Um feito para poucos.
- Jill Scott, ou Jilly from Philly, cantora que começou sua carreira com discos de poesia falada e que mistura jazz, ópera, R&B e hip hop em suas músicas. Um de seus diferenciais é a sua capacidade de dar agudos que poucas artistas alcançam. Também atriz, ela dublou Tempestade em uma animação pouco conhecida do Pantera Negra lançada em 2010.
- Michelle Williams, outra parceira de Beyoncé no Destiny’s Child. Ela se juntou ao grupo no meio, após a saída de LeToya Luckett e LaTavia Robertson, mas fez parte da composição mais conhecida. Como artista solo, lançou quatro discos de estúdio, o mais recente deles em 2014.
- Chloe x Halle, duo formado pelas irmãs Chloe e Halle Bailey. As duas começaram postando vídeos no YouTube e foram descobertas pela própria Beyoncé, que virou uma espécie de madrinha musical delas. Elas fizeram o show de abertura da turnê de Formation, em 2016, e participaram do álbum visual de Lemonade no mesmo ano.
- Aaliyah (1979-2001), cantora que ajudou a redefinir o R&B contemporâneo, o pop e o hip hop. Além de hits como Try Again e e Rock the Boat, ela era atriz e estrelou o filme Rainha dos Condenados (2002), situado no universo de Entrevista com o Vampiro.
- Alicia Keys, cantora que explodiu logo com seu primeiro álbum, Songs in A Minor (2001), vencedor de cinco Grammys. Em parceria com Beyoncé, ela gravou Put It in a Love Song, que teve seu clipe gravado no Rio de Janeiro, mas nunca foi lançado oficialmente. Ela já foi técnica da versão norte-americana do reality The Voice.
- Whitney Houston (1963-2012), cantora que vendeu mais de 200 milhões de discos no mundo todo. Vencedora de seis Grammys e com 28 recordes no Guinness Book, é considerada uma das melhores artistas de todos os tempos. Assim como Aretha Franklin, se você não a conhece, vá fazer sua lição de casa agora e ouvir I Will Always Love You.
- Rihanna, ou Riri, cantora de Barbados que redefiniu a música pop neste século. Tem no currículo sucessos como Umbrella, Don’t Stop the Music, Only Girl (In the World), We Found Love, Diamonds, Work e Love on the Brain. Atualmente, tem se dedicado mais aos negócios da que à carreira de cantora, e os fãs seguem na esperança de um novo disco.
- Nicki Minaj, principal rapper da atualidade. Com seu visual de desenho animado, suas expressões exageradas e o jeito de quem não leva nada a sério, tem no currículo canções como Super Bass, Starships, Anaconda e Bang Bang, além de vários feats com outros nomes –se tem uma coisa que não podemos dizer da artista, é de que ela não é produtiva.