MÚSICA

Backstreet Boys em show de São Paulo

Leo Franco/AgNews

EM SÃO PAULO

Backstreet Boys levam fãs aos anos 1990 em show incrivelmente enérgico

Em show de quase duas horas, os Backstreet Boys fizeram um estádio inteiro vibrar com músicas nostálgicas e muito talento

Giulianna Muneratto

Os Backstreet Boys são a prova viva de que ainda há espaço neste mundo para as boy bands. Nesta sexta-feira (27), o grupo fez o primeiro de dois shows esgotados da turnê DNA em São Paulo e mostrou, com uma set list de mais de 30 músicas, que eles continuam carregando o legado do pop chiclete nas costas.

O Allianz Parque estava repleto de pessoas, em sua grande maioria mulheres, com mais de 30 anos, mas que tinham a mesma disposição e energia de fãs de grupos de k-pop que estão fazendo sucesso entre a geração Z

Em meio a gritos agudos, AJ McLean, Howie Dorough, Nick Carter, Kevin Richardson e Brian Littrell subiram ao palco com quase 15 minutos de atraso, mas que acabaram passando despercebidos diante da grandiosidade do talento dos cantores.

O show desta sexta deveria ter acontecido em março de 2020, mas foi adiado por conta da pandemia de Covid-19. A empolgação da plateia, porém, provou que a espera valeu à pena. Os Backstreet Boys fizeram uma apresentação com coreografias sincronizadas, declarações de amor ao público brasileiro e até cueca sendo jogada para a plateia.

Sim, AJ resolveu atirar uma cueca ao público para homenagear as mulheres que, no início dos anos 2000, jogavam seus sutiãs e calcinhas em cima do palco. Ele, porém, se recusou a ficar seminu em cima do palco, apesar dos cartazes pedindo.

As faixas do álbum mais recente, DNA (2019), não eram tão aclamadas pelo público. Inclusive, Kevin chegou a perguntar quem da plateia tinha o álbum, mas diante da ascensão do streaming, os gritos de afirmação foram tímidos. 

Os Backstreet Boys brilham, porém, quando se ancoram na nostalgia. Show Me the Meaning of Being Lonely foi a faixa que deu o início ao chororô e à gritaria forte das fãs que realizavam, ali, seus sonhos adolescentes.

A segunda metade do show, a partir do hit Everybody, simplesmente levou o Allianz Parque abaixo. Vestidos de branco, lembrando bastante o início da carreira, o grupo fez o estádio inteiro vibrar e pular com uma sequência de hits do quinteto que transportaram todos para os anos 1990 e 2000.

Para fechar com chave de ouro, fitas brancas e bolas gigantescas invadiram a plateia. E o desespero dos fãs para no mínimo tocar em uma dessas bolas beirava a comédia, mas é compreensível tamanho o amor pelos ídolos. Tocar a bola era como provar a si mesmo que esteve ali, presenciando aquele momento, que seria eternizado na memória.

O grupo se despediu com Larger Than Life, do álbum Millenium (1999), para deixar os fãs com gostinho de quero mais e manter a energia lá em cima até o fim. Os vocais não deixaram a desejar, nem mesmo a performance dançante do quinteto, que já beira os 50 anos. Vida longa às boy bands.

Informar Erro
Falar com a equipe
QUEM FEZ

Giulianna Muneratto

Jornalista pela Faculdade Cásper Líbero. Adora um filme clichê, música pop e sonhava em ser cantora de cruzeiro, mas não tem talento pra isso.

Ver mais conteúdos de Giulianna Muneratto

0 comentário

Tangerina é um lugar aberto para troca de ideias. Por isso, pra gente é super importante que os comentários sejam respeitosos. Comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, com palavrões, que incitam a violência, discurso de ódio ou contenham links vão ser deletados.

Acesse sua conta para comentar

Ainda não tem uma conta?