Divulgação/Sarah Louise Bennett
Banda britânica de pop rock volta ao Brasil depois de sete anos para tocar no mesmo dia de Coldplay, Camila Cabello e Djavan
Atração do Rock in Rio 2022 em 10 de setembro, a banda britânica Bastille faz sua estreia no festival, mas não no Brasil. O grupo se apresentou no “concorrente” Lollapalooza em 2015, e aproveitou a viagem para tocar ainda no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e até no programa Caldeirão do Huck, da TV Globo.
No festival paulistano, inclusive, a banda teve que disputar horário com o roqueiro Jack White, um dos headliners daquela edição, e com o popular projeto de música eletrônica Major Lazer, liderado por Diplo. Ainda assim, o Bastille conseguiu acumular um público numeroso e barulhento.
De volta ao país, o quarteto liderado pelo carismático vocalista Dan Smith terá uma multidão bem maior para encarar quando subir ao palco Mundo do Rock in Rio, às 20h10. E não deve ter muitas dificuldades.
Afinal, 10 de setembro promete ser um dia família no festival, com Coldplay, Camila Cabello e Djavan no line-up. Com isso, o pop rock inofensivo e radiofônico do Bastille, com refrões fortes e fáceis de decorar, não será exatamente desafiador para quem não conhece a banda. Muito capaz, até, de voltar da turnê com novos fãs.
Se em 2015 o grupo estreou por aqui com apenas um disco lançado —Bad Blood (2013)—, agora volta com quatro. Wild World (2016), Doom Days (2019) e, mais recentemente, Give Me the Future (2022) incrementaram o repertório do Bastille. No entanto, Pompeii, Things We Lost in the Fire, Flaws e Of the Night, hits do álbum de estreia, nunca foram superados em popularidade e seguem como favoritos dos fãs nos shows.
Lançado em fevereiro, Give Me the Future dá nome à atual turnê e é uma espécie de álbum conceitual sobre realidade virtual. O conceito, então, impacta diretamente no visual dos shows atuais. A banda investiu em projeções, cenografia e iluminação para tentar traduzir visualmente a história de cada canção.
Como se as músicas fossem capítulos desta trama futurística e distópica, que ganhou até uma empresa de mentirinha, a Future Inc.
Give Me the Future também deu uma cara mais eletrônica ao Bastille, conduzida pelo ótimo single Distorted Light Beam. Mas o momento memorável do show do Rock in Rio deve mesmo ficar quando Pompeii, que ainda toca em rádios pop brasileiras, chegar com seu refrão fácil e apoteótico, conduzido pela voz poderosa de Dan Smith.
Além do Rock in Rio, o Bastille se apresenta também em São Paulo, no Tokio Marine Hall, dia 9 de setembro. Ainda há ingressos.
Luccas Oliveira
Luccas Oliveira é editor de música na Tangerina e assina a coluna Na Grade, um guia sobre os principais shows e festivais que acontecem pelo país. Ex-jornal O Globo, fuçador do rock ao sertanejo e pai de gatos, trocou o Rio por São Paulo para curtir o fervo da noite paulistana.
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