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Cantor é acusado desde 2018 de ter usado uma progressão de acordes de Let’s Get It On, de 1973, na sua faixa Thinking Out Loud
Ed Sheeran vai precisar enfrentar o tribunal após ser acusado de plagiar Let’s Get It On, de Marvin Gaye (1939-1984), na música Thinking Out Loud. De acordo com a Billboard, o juiz Louis Stanton não aceitou o pedido do cantor de suspender o caso, afirmando que não há “nenhuma regra clara” para decidir tais questões e que elas deverão ser analisadas por um júri.
O julgamento deverá acontecer em um tribunal federal de Manhattan, em Nova York, em uma data ainda não definida. Em andamento desde 2018, o caso foi aberto pela empresa Structured Asset Sale, do executivo David Pullman, que possui parte dos direitos do hit lançado em 1973. Ele pede U$ 100 milhões (R$ 541 milhões, na cotação atual) por danos causados por reivindicações de direitos autorais.
No inícios, os acusadores alegaram que Ed Sheeran havia plagiado uma progressão de acordes e o ritmo harmônico da faixa de Marvin Gaye. A defesa do cantor afirmou que a progressão em questão era muito simples para ser considerada uma propriedade exclusiva de um compositor. Eles ainda citaram outras canções que seguiam características semelhantes, como Since I Lost My Baby, do The Temptations.
O time de advogados de David Pullman concordou com a defesa de Ed Sheeran, mas disse que os acordes se tornaram algo original, digno de proteção de direitos autorais, ao serem usados na famosa música de Marvin Gaye. O caso não tem nenhuma relação com um processo movido pela família do norte-americano que envolve Blurred Lines, de Robin Thicke e Pharrell Williams. Essa batalha resultou em um pagamento de U$ 5,3 milhões (R$ 28,6 milhões) para os herdeiros.
No primeiro semestre, Ed Sheeran foi absolvido de uma outra acusação de plágio, envolvendo a música Shape of You. Os donos da música Oh Why, autores do processo, ainda foram condenados a pagar £ 916 mil (R$ 5,7 milhões) como indenização para cobrir os custos judiciais.
Caso Ed seja culpado no julgamento atual, o juiz federal ainda decidiu, na quinta-feira (29), que lucros de shows do cantor poderiam ser considerados como forma de pagamento pelo uso indevido dos direitos autorais. O empresário David Pullman comemorou a decisão em um comunicado enviado à Billboard, afirmando que espera “mais sucesso nesse caso, que envolve a maior violação de direitos autorais da história”. Ed Sheeran não comentou a decisão até agora.
Lucas Almeida
Repórter. Passou pela MTV Brasil e Veja.com. É fã de um pop triste e não deixa de ouvir todos os lançamentos musicais da semana.
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