Morre Jeff Beck, deus da guitarra e um dos maiores músicos da história

O guitarrista Jeff Beck, considerado um dos maiores músicos de todos os tempos, morreu na terça-feira (10), aos 78 anos. A morte foi confirmada nesta quarta (11), em seus perfis no Twitter e no Instagram. Ele havia contraído meningite bacteriana e não resistiu, segundo comunicado oficial.

“Em nome de sua família, é com profunda tristeza que compartilhamos a notícia da morte de Jeff Beck. Depois de subitamente contrair meningite bacteriana, ele morreu em paz ontem. Sua família pede privacidade enquanto lida com essa perda tremenda”, informa a mensagem.

Nascido na Inglaterra em 24 de junho de 1944, Jeff Beck ficou famoso ao substituir ninguém menos do que Eric Clapton como guitarrista do Yardbirds. Indicado por Jimmy Page (do Led Zeppelin), ele passou apenas 20 meses como integrante da banda –tempo suficiente para colocar seu nome no cenário musical.

Demitido do Yardbirds por suas faltas constantes, o guitarrista decidiu montar o próprio supergrupo, The Jeff Beck Group, com Rod Stewart nos vocais, Ronnie Wood no baixo, Nicky Hopkins (1994-1994) no piano e Aynsley Dunbar e Michael Waller (1941-2008) na bateria. Depois, ele também fez parte do trio Beck, Bogert & Appice, formado por ele, o baixista Tim Bogert (1944-2021) e o baterista Carmine Appice.

Ao longo de sua carreira, Jeff Beck foi indicado a 17 Grammys, dos quais venceu oito. Ele, inclusive, concorre à edição deste ano na categoria melhor performance de rock por Patient Number 9, que gravou com Ozzy Osbourne. A maior parte de suas estatuetas, no entanto, são referentes a quesitos instrumentais, já que o guitarrista era considerado um dos melhores da história.

Ele também conseguiu a façanha de ser colocado no Hall da Fama do Rock duas vezes: a primeira como integrante dos Yardbirds e a segunda por seu trabalho solo –apenas 26 nomes também aparecem duas vezes entre os ícones do gênero, e Eric Clapton é o único com três lembranças.

No ano passado, Jeff Beck gravou um álbum com Johnny Depp, seu amigo de longa data. O disco 18 (2022) foi detonado pela crítica, com muitos dos golpes desferidos contra o ator de Piratas do Caribe, que lançou o trabalho pouco depois da conclusão de sua guerra judicial com Amber Heard.